App Bitcoin de El Salvador deveria ter sido Auditado há muito tempo, Afirma ex-chefe do Banco Central

Um ex-governador do banco central de El Salvador alegou que o aplicativo estatal Chivo bitcoin (BTC) já teria sido encerrado pelos reguladores se fosse uma empresa privada.
De acordo com o El Diario de Hoy, o ex-presidente do Banco Central de Reserva de El Salvador Carlos Acevedo agrediu a estatal que opera a carteira. O Chivo, afirmam relatórios de jornais e mídias sociais, foi infestado de bugs que afetaram a funcionalidade. Os comerciantes reclamaram que os pagamentos usando o aplicativo falharam, enquanto as alegações de roubo de identidade generalizada tornaram-se comuns.
Muitas figuras públicas que dizem nunca ter usado ou baixado o aplicativo dizem que seus dados pessoais foram usados por criminosos online com a intenção de reivindicar o valor de US$ 30 em BTC, ao qual todos os novos usuários salvadorenhos têm direito quando usam o Chivo pela primeira vez.
Acevedo repreendeu o fato de que “nenhuma instituição pública investigou” os “problemas” alegados com a carteira Chivo – sugerindo que o operador do aplicativo está desfrutando do status de proteção devido ao fato de ser uma empresa estatal.
Ele afirmou:
“Se essa empresa fosse uma empresa [privada], no mínimo a Superintendência do Sistema Financeiro e a Defensoría del Consumidor [o principal órgão de fiscalização do consumidor em El Salvador] já teriam começado a investigá-la há muito tempo”.
Ele acusou o governo e os reguladores de “passividade” diante dos crescentes problemas relacionados aos aplicativos.
O governo e a operadora Chivo estão sob crescente escrutínio este mês. Em meados de dezembro, a organização de direitos humanos Cristosal afirmou que o aplicativo poderia acabar sendo atingido por sanções lideradas pelos Estados Unidos que praticamente prejudicariam sua capacidade de funcionar como uma plataforma internacional de remessas de criptomoedas.
A organização observou que registrou reclamações de cerca de 131 pessoas que foram afetadas negativamente pelo aplicativo de alguma forma.
O mesmo meio de comunicação também fez eco dos sentimentos expressos por Acevedo e questionou o “desinteresse” pela situação apresentada pelo procurador-geral do país. A chefe jurídica e de segurança da Cristosal, Zaira Navas, foi citada afirmando:
“Consideramos que é uma situação extremamente grave. Apresentamos as primeiras reclamações [sobre o aplicativo] há quase dois meses e, até o momento, os problemas da maioria das pessoas para as quais apresentamos reclamações originalmente ainda não foram resolvidos”.
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