Bitcoin abre a semana com “alta”, mas acumula queda de quase 6% nos últimos 7 dias
O Bitcoin (BTC) inicia a semana ainda impactado pelas quedas registradas na semana anterior, que reduziram sua cotação para aproximadamente US$ 55 mil. Apesar de uma recuperação modesta de 1,5% nas últimas 24 horas, o Bitcoin ainda negocia pouco acima dos US$ 55 mil nesta segunda-feira (09/09).
No acumulado dos últimos sete dias, o Bitcoin ainda apresenta uma desvalorização de 5,7%, tendo uma volatilidade considerável durante o fim de semana. A criptomoeda chegou a atingir o patamar de US$ 53 mil na tarde de sábado. Em termos de reais, atualmente, o Bitcoin apresenta uma valorização de 1%, cotado a R$ 311.948, de acordo com o Índice de Preço do Bitcoin (IPB).
No setor das 10 maiores criptomoedas do mercado, Dogecoin (DOGE) e Tron (TRX) registram altas superiores às do Bitcoin no dia, com avanços de 2,3% e 1,6%, respectivamente. A Toncoin (TON) destaca-se com uma valorização de 6,6%, marcando uma recuperação relevante após as intensas quedas que vieram após a prisão de Pavel Durov, CEO do Telegram.
Preço do Bitcoin reflete os poucos empregos gerados nos EUA
Na sexta-feira (06/09), a já fragilizada situação do Bitcoin e outras criptomoedas agravou-se com a divulgação de novos dados econômicos pelos Estados Unidos. Estes mostraram um número de empregos criados em agosto inferior ao esperado.
Em suma, foram adicionados apenas 142 mil empregos, enquanto as expectativas giravam em torno de 160 mil. Os indicadores da economia americana, que é a maior do mundo, têm uma influência significativa nos preços das criptomoedas e deverão continuar sendo um fator determinante nas próximas semanas. A atenção dos investidores volta-se agora para a próxima reunião do Federal Reserve, prevista para 18 de setembro, que decidirá sobre a nova taxa de juros nos EUA.
Recentemente, Jerome Powell, presidente do Fed, sinalizou que os Estados Unidos estão prontos para iniciar uma redução nas taxas de juros. No entanto, os dados de emprego mais fracos do que o esperado podem influenciar essa decisão.
A diminuição da taxa de juros americana geralmente favorece as criptomoedas, pois torna os ativos de maior risco mais atraentes aos olhos dos investidores, que buscam melhores retornos em um ambiente de juros mais baixos.
Setembro é um mês historicamente ruim para o Bitcoin
Setembro é geralmente o pior mês para as criptomoedas, especialmente o Bitcoin, que na última década apresentou um desempenho negativo neste período.
No entanto, os dados mostram que, após a queda média de 5% em setembro, o Bitcoin geralmente recupera com um aumento de 22% em outubro e um impressionante salto de 46% em novembro. Como resultado, este período já recebeu o apelido “Uptober” pelo mercado cripto, especialmente após a alta de 2021.
Zach Pandl, diretor de pesquisa da Grayscale, comentou sobre esse fenômeno. Segundo ele, mesmo com um leve aumento do Bitcoin em setembro do ano passado, outubro se destaca historicamente por entregar os maiores retornos médios.
Pandl sugere que os traders mais impacientes podem ser atraídos pelo chamado “Efeito de Setembro”. Contudo, a maioria dos investidores tende a se concentrar mais nos fundamentos. Estes estão melhorando para o Bitcoin, como os próximos cortes de taxas pelo Fed e o aumento da adoção por instituições.