Bitcoin é propriedade digital, Ethereum é título digital – Argumenta Michael Saylor
Michael Saylor, CEO da desenvolvedora de software MicroStrategy, mais uma vez questionou o status regulatório do ethereum (ETH), argumentando que ele pode ser melhor classificado como título digital. Por outro lado, ele insistiu que não há dúvida de que o bitcoin (BTC) é uma propriedade digital e, portanto, não está sujeito a dores de cabeça regulatórias.
Saylor, que apareceu em um episódio recente do UpOnly, disse que a coisa mais importante para um investidor criptográfico de longo prazo entender é o status político de um criptoativo – ou seja, é uma criptomoeda, uma propriedade criptográfica ou título criptográfico.
“Até onde posso ver, o Bitcoin é uma propriedade criptográfica e, por propriedade, significa que é visto como uma propriedade comum e justa além do controle de uma empresa ou grupo de indivíduos”, disse Saylor, acrescentando que é bastante desafiador se criar uma propriedade.
O Bitcoin foi criado pelo pseudônimo Satoshi Nakamoto, que lançou o white paper original do Bitcoin em 2008. As moedas são criadas através da mineração, o que significa que nunca houve uma pré-mineração ou uma oferta inicial de moedas (ICO). O Bitcoin usa o mecanismo de prova de trabalho (PoW), que é, de acordo com Saylor, uma “distribuição justa”.
Apontando isso, Saylor afirmou que o bitcoin pode ser facilmente classificado como propriedade digital, dizendo:
“É bastante claro que, de tudo no universo criptográfico, a coisa mais provável de ser considerada propriedade em qualquer estado-nação é o Bitcoin”.
No entanto, ele classificou todas as moedas que permitem staking ou usam o mecanismo de proof-of-stake (PoS) como títulos de segurança digital.
“Foi explicitamente declarado pelos reguladores que se há uma participação e gera rendimento, é um contrato de investimento e um contrato de investimento é um título”, acrescentou Saylor.
Recentemente, houve algumas discussões de que o Ethereum é na verdade um título. Isso porque o Ethereum também foi originalmente financiado por meio de uma ICO, que ocorreu em 2014. Na época, os usuários tiveram a oportunidade de trocar seus BTC por tokens ETH, e mais de 7 milhões de tokens ETH foram vendidos nas primeiras 12 horas.
De acordo com Saylor, o problema com os títulos é que eles estão em uma zona cinzenta regulatória. “Para você investir em [títulos], você precisa estar disposto a aceitar o risco dos títulos, o risco legal, o risco competitivo e o risco literal de segurança cibernética”, disse ele.
Isso explica em parte por que Saylor, um maximalista do bitcoin, ficou longe do ethereum, apesar de todo o crescimento recente em torno de finanças descentralizadas (DeFi) ou tokens não fungíveis (NFTs), que são construídos principalmente no Ethereum.
Notavelmente, a Microstrategy de Saylor continuou sua onda de compras de BTC, apesar de toda a volatilidade e quedas. Até o final de 2021, a empresa detinha aproximadamente BTC 124.391, adquiridos a um preço de compra agregado de US$ 3,75 bilhões e um preço médio de compra de US$ 30.159 por bitcoin, incluindo taxas e despesas, de acordo com arquivos compartilhados com a US Securities and Exchange Comission (SEC).
Às 10:07 UTC, o BTC está sendo negociado a US$ 36.607. Caiu 3% em um dia e 12% em uma semana. O ETH está sendo negociado a US$ 2.444, tendo caído 2% em um dia e 21% em uma semana.
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