Bitcoin torna-se moeda legal e é atrapalhada por Apple e Google

Tim Alper
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Fonte: Adobe/ink drop

Bitcoin (BTC) se tornou curso legal em El Salvador e com ele virá uma “tonelada” de “FUD”, advertiu o presidente do país, Nayib Bukele. E como Bukele confirmou a notícia de que “corretores” do governo compraram BTC 400 (US$ 21 milhões), o lançamento da carteira estatal BTC aparentemente sofreu uma espécie de atraso – enquanto uma onda de negatividade varre a imprensa do país.

A meia-noite já passou em El Salvador, onde agora é 7 de setembro, dia em que a lei que dá curso legal ao BTC é promulgada.

Ontem, Bukele acessou o Twitter para primeiro avisar sobre “FUD entrante! Toneladas disso.” Ele então voltou a anunciar uma compra de BTC 200, alegando que “nossos corretores comprarão muito mais conforme o prazo se aproxima”. E depois acrescentou a atualização:

“El Salvador acaba de comprar 200 novas moedas. Agora temos BTC 400.”

Ele então provocou o alvorecer da história, com uma contagem regressiva de três minutos para o início de 7 de setembro.

Mas o presidente pediu à Apple, Huawei e Google que “lançassem” o aplicativo de carteira Chivo, após declarar que a nação estava “esperando” para que o aplicativo esteja disponível em suas lojas. Ele primeiro escreveu que “não demorará muito” até que as lojas fossem atualizadas – e então continuou com um emoji de cara de raiva e o imperativo “Liberte-o!”

 

Enquanto isso, os caixas eletrônicos Chivo do país também estão prontos para funcionar, embora sob o olhar atento de homens fortemente armados. O El Diario de Hoy (por meio de seu site ElSalvador.com) publicou fotos do caixa eletrônico no distrito de San Martín, em San Salvador, instalado em um pequeno prédio à prova de intempéries – e cercado por guardas armados com rifles automáticos.

A polícia disse ao fotógrafo que policiais armados foram instruídos a patrulhar “rotineiramente” as instalações para garantir que permaneçam livres do “vandalismo”.

Bukele disse anteriormente que o governo gastará pelo menos US$ 205 milhões em fundos públicos para garantir que a adoção do BTC ocorra sem problemas.

A negatividade era palpável, no entanto, já que o mesmo meio de comunicação citou vários especialistas que chamaram a lei do bitcoin de “o trabalho de iniciantes”, um “experimento” e até mesmo “estúpido”.

Os protestos de rua continuaram, com o mesmo meio de comunicação citando uma pessoa chamada Blanca Marroquín, afirmando:

“Esta lei do bitcoin não é para os pobres”.

O La Prensa Gráfica informou que um parlamentar de oposição do partido VAMOS lançou uma tentativa de revogar a lei.

Claudia Ortiz, autora do anteprojeto de lei, disse à mídia:

“Se o [partido governista Nuevas Ideas] decidir ignorar esse pedido, não sou eu quem eles vão trair, eles vão trair as pessoas que os elegeram. Eles vão trair a vontade de dois em cada três salvadorenhos.”

No Twitter, a reação da comunidade cripto internacional foi principalmente positiva.

Alex Gladstein, o diretor de estratégia da Human Rights Foundation, pareceu sugerir que o futuro chegou com o primeiro “estado-nação” anunciando que comprou bitcoin.

Tanto “El Salvador” quanto “bitcoin” começaram a ser tendências no Twitter com a aprovação da lei.