Operação policial no Brasil investiga lavagem de dinheiro com criptomoedas

Tim Alper
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Source: William F. Santos/Unsplash

O polícia brasileira, assim como os órgãos fiscalizadores do país, lançaram uma grande operação que os levou a investigar diversas exchanges de criptomoedas do Brasil. Eles acreditam que as plataformas podem estar implicadas em uma grande rede internacional de crimes e lavagem de dinheiro.

Em um comunicado divulgado em conjunto, a Receita Federal e Polícia Federal anunciaram a operação policial batizada de “Colossus.”

Acredita-se que cerca de US$ 380 milhões em dinheiro foram lavados por meio de plataformas domésticas de negociação de criptomoedas – e que uma única “organização criminosa” está por trás disso.

De acordo com o comunicado:

“A operação vai combater uma organização criminosa dedicada à lavagem de dinheiro que tem utilizado um intrincado sistema de remessas. [A organização] enviou recursos ilícitos para o exterior por meio da compra e venda de criptoativos.”

As agências afirmaram que a organização fez uso de uma rede de “empresas de fachada” e “passou fundos por meio de contas transitórias” – antes de comprar “criptoativos”.

Eles alegam que o dinheiro compreendia “fundos desviados, lucros do tráfico de drogas, dinheiro lavado” e as receitas de vários “crimes contra o sistema financeiro nacional”.

Ao todo, 158 policiais realizaram buscas e apreensões nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Santa Catarina.

Plataformas de criptomoedas invadidas

O site de notícias Metropoles informou que a Vara Criminal de São Paulo expediu 101 mandados relativos ao caso, além de “dois mandados de prisão” e 37 mandados de busca e apreensão.

Destes, 22 foram emitidos para pessoas físicas e 15 para empresas.

Seis desses mandados de busca foram emitidos para exchanges de criptomoedas, embora as identidades das plataformas de negociação não tenha sido reveladas. Outras quatro instituições financeiras que possuem licenças emitidas pelo Banco Central para operar no mercado de câmbio também foram investigadas, além de três empresas de contabilidade.

O meio de comunicação acrescentou ainda que os operadores da rede criminosa seriam supostamente “responsáveis ​​por comprar grandes quantidades de criptoativos no exterior, em países como Estados Unidos, Cingapura e Hong Kong” e depois vender esses tokens no mercado negro brasileiro.

Os policiais  acreditam que a rede criminosa está ativa há quatro anos. 

A operação acontece em um momento onde as autoridades brasileiras, como a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e o parlamento intensificam as ações de regulação do mercado de criptomoedas. 

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