Chainalysis: Brasil lidera em adoção de criptoativos na América Latina

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Índia, Nigéria, Indonésia e EUA ocupam o topo da lista da Chainalysis.
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Flavio Aguilar
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Marta Stephens
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A Chainalysis lançou a mais nova edição do seu relatório sobre adoção global de criptomoedas, o 2024 Global Adoption Index. Mais uma vez o Brasil foi destaque no ranking, ocupando o 10º lugar geral e o 1º lugar entre os países da América Latina.

O estudo é realizado anualmente com base em dados on-chain e off-chain. Por exemplo, na edição mais recente, a empresa avaliou quatro subíndices relativos a diferentes tipos de serviços de criptomoedas em cada país.

No total, a Chainalysis classificou 151 países que apresentavam dados suficientes para o estudo. Além disso, características como o tamanho da população e o poder de compra de cada país serviram para ponderar os dados.

O relatório da empresa também destacou o crescimento global da adoção de criptoativos, com uma presença cada vez mais marcante em países de baixa renda. Também fica clara a sua adoção crescente em países da Ásia, com destaque para o sul do continente.

Brasil ficou em 1º na América Latina

O Brasil se destacou no ranking da Chainalysis ao ocupar o 1º lugar em adoção de criptos na América Latina. Portanto, ficou à frente de países como o Peru (11º), Venezuela (13º), México (14º) e Argentina (15º).

Considerando todos os países que compõem o estudo, o Brasil ficou na 10ª colocação. Confira os primeiros colocados do ranking:

1º — Índia

2º — Nigéria

3º — Indonésia

4º — EUA

5º — Vietnã

6º — Ucrânia

7º — Rússia

8º — Filipinas

9º — Paquistão

10º — Brasil

11° — Peru

12° — Reino Unido

13° — Venezuela

14° — México

15º — Argentina

16º — Tailândia

17º — Camboja

18º — Canadá

19º — Coreia do Sul

20º — China

O Brasil obteve seu melhor desempenho no subíndice 1, referente a serviços centralizados. Afinal, ficou em 8º lugar nessa categoria. Além disso, ficou na 10ª colocação no varejo de serviços centralizados e em DeFi. Por outro lado, figurou em 14º lugar em varejo de DeFi.

Na comparação com o relatório de 2023, o Brasil perdeu uma posição no ranking global. Afinal, no ano passado, estava em 9º lugar. Essa queda na classificação se deve à Rússia, que aumentou a adoção de criptos em meio a sanções internacionais. Os russos ultrapassaram o Brasil e agora estão em 7º lugar.

No entanto, a liderança na América Latina se manteve. Em 2023, o Brasil já estava em primeiro lugar na região. Por outro lado, países como Peru e Venezuela, que não figuraram no Top 20 no ano passado, foram as surpresas do estudo em 2024.

Índia lidera ranking global da Chainalysis

Na classificação geral, a Índia continua sendo o grande destaque, segundo a Chainalysis. Afinal, manteve-se na liderança em relação ao estudo anterior.

Além disso, o país asiático ficou em primeiro lugar nos dois subíndices relativos a serviços centralizados. Já nos subíndices referentes a DeFi e a varejo de DeFi, ficou em terceiro e segundo lugares, respectivamente.

A Chainalysis destacou a resiliência da Índia ao manter sua posição de liderança na adoção de criptomoedas. Isso ocorreu apesar das mudanças nas políticas fiscais e dos desafios regulatórios no país, incluindo a proibição de plataformas de criptomoedas estrangeiras no ano passado.

A Nigéria, que também vem passando por um processo de regulamentação do seu mercado de criptoativos, ficou na 2ª colocação mais uma vez. Recentemente, a Nigéria anunciou que tomará medidas contra plataformas irregulares.

Já os EUA ficaram em 4º lugar, atrás da Indonésia. Segundo maior mercado de serviços centralizados do mundo, o país ocupa apenas a 12ª colocação no varejo.

Outros destaques do ranking são a Rússia e a Ucrânia. Ambos os países, que estão em guerra entre si, têm recorrido aos criptoativos para transações e formação de reservas em um cenário repleto de restrições financeiras.

Afinal, a Rússia sofre sanções internacionais desde a invasão da Ucrânia. Então, as criptomoedas são uma forma de realizar transações com outros países. Por sua vez, a Ucrânia legalizou o mercado de criptos, em grande parte, como uma forma de facilitar o recebimento de doações.

Apesar disso, a Ásia é o continente que parece recorrer mais às criptomoedas. Afinal, são de lá 10 países (ou 11, se contarmos a Rússia) que figuram no Top 20.

Atividade global está crescendo

Segundo o estudo da Chainalysis, a adoção global de criptomoedas está em crescimento. Entre o quarto trimestre de 2023 e o primeiro de 2024, o valor total da atividade aumentou substancialmente. Aliás, atingiu níveis ainda mais altos do que os registrados em 2021, quando houve o mercado de alta de criptomoedas.

Além disso, esse crescimento parece cada vez mais generalizado. Afinal, no ano passado, a adoção de criptomoedas foi impulsionada principalmente pelos países de renda média-baixa. Por outro lado, em 2024, a atividade aumentou em países de todas as faixas de renda.

Conforme o relatório da Chainalysis, o lançamento dos ETFs de Bitcoin nos Estados Unidos gerou um aumento no valor total da atividade relacionada a BTC em todas as regiões. Além disso, o crescimento foi particularmente forte na comparação ano a ano, em transferências institucionais e em países com renda mais alta, da América do Norte e Europa Ocidental.

Mas o crescimento ano a ano das stablecoins foi maior, em transferências de varejo e institucionais, para casos de uso do mundo real dos países de renda baixa e média-baixa. Portanto, destacam-se regiões como a África Subsaariana e a América Latina, em particular.

Nesses países, os criptoativos, e em particular as stablecoins, são particularmente importantes para transações do dia a dia ou para manter reservas de valor. Isso é especialmente importante no caso de moedas fiat enfraquecidas ou quando há restrições que afetam a economia local.

Além disso, a atividade de DeFi aumentou significativamente na África Subsaariana, América Latina e Europa Oriental. Esse crescimento teria impulsionado um aumento na atividade de altcoin nessas regiões.

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