Conhecimento irá popularizar as criptomoedas, diz influenciador brasileiro

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Empreendedor e fundador do Projeto Social Mano Satoshi, Vinicius Velasque (@vvelasque) viu sua vida mudar após estudar e começar a investir em criptomoedas. Nascido e criado em uma comunidade carente da cidade de São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio de Janeiro, Vinicius mora hojen a Baixada Santista, em São Paulo, e deu uma guinada em seus negócios quando começou a investir em criptomoedas. Atualmente, além do projeto, é responsável pelo canal “Luz, Câmera e Cripto”, onde ensina pessoas a investirem em criptoativos. 

Por influência do filho de 16 anos, Velasque passou a ler e ver aulas para entender o trading de criptomoedas. Por conta da pandemia, viu seus negócios passarem por dificuldade e achou nas altcoins o sustento da família. Seu canal, que na época tinha 650 seguidores, hoje conta com 37 mil. O salto se deu quando ele passou a ensinar sobre investimentos. 

“Comecei a postar no Instagram em 2020 sobre como investir. Mais pessoas não investem em criptomoedas por falta de conhecimento. Acham que criptomoeda é coisa de maluco, de quem tem muito dinheiro. E não é”, explica. 

Velasque falou com exclusividade à Criptonews sobre seu projeto de levar conhecimento e informação sobre criptomoedas a comunidades pobres do Brasil e de como os criptoativos podem mudar a realidade das pessoas, assim como fez com ele. 

Seu projeto – Mano Satoshi – recebeu recentemente o apoio da CoinEx. Nele, Velasque leva palestras sobre criptomoedas, NFT, Metaverso e outros temas para jovens e empreendedores de locais onde a desigualdade social predomina. 

O projeto foi criado com o objetido de “erradicar o ciclo de pobreza e desigualdade social enfrentadas por quem nasceu e vive em comunidades carentes do país”, como descreve o próprio Velasque. 

Qualquer pessoa pode investir em criptmoedas?

Qualquer pessoa. Meu conselho é: invista o dinheiro do lazer e não do leite. É importante consolidar uma carteira sólida e estudar. Muitas pessoas têm preguiça de estudar, sabe? Por isso criei um canal com tutoriais. As pessoas têm dúvidas sobre como investir, como negociar e acham que criptomoeda é esquema de pirâmide. Minha ideia é ensinar e dar as informações que são importantes. 

Já tem casos de sucesso?

Sim. Dois seguidores conseguiram triplicar o dinheiro com tudo que ensinei. Pegaram a recisão e investiram. Foi gratificante ver. 

O que falta para as criptomoedas se tornarem mais populares e acessíveis?

Ainda temos muita burocracia. O governo quer levar uma fatia em tudo. E o que o governo não tem controle, ele quer controlar. Criptomoeda é descentralizado e como o governo não pode bater de frente, coloca barreiras. O que falta mesmo é informação. A desinformação cria esses mitos que precisa ter muito dinheiro, que é pirâmide. Por isso é importante estudar, fazer cursos. Eu aprendi “na raça”. Mas vejo que tem muito potencial por aí. 

Essa falta de informação gera essa quantidade de golpes que estamos vendo…

Sim. As pessoas vêem que existe essa desinformação e se aproveitam. Meu intuito com o projeto e com o canal é levar conhecimento. Não faço investimento para ninguém. Indico corretoras sérias, ajudo informando. 

Vale a pena investir em criptomoedas?

Sou suspeito para falar (risos). Eu digo que sim. Os bancos sofrem golpes com a economia. Lembra do Plano Collor? Na época meu pai perdeu todo dinheiro que tinha. (O plano Collor foi criando pelo então presidente do Brasil Fernando Collor. Na década de 90, por causa do plano, o dinheiro da poupança dos brasileiros foi confiscado). Mas eu sempre faço questão de dizer às pessoas que é um investimento de alto risco. É essencial buscar corretoras sérias e já consolidadas no mercado. Tem muiro golpe por aí. 

E qual o potencial das criptomoedas no Brasil?

É um mercado que tem crescido muito. Há 20 anos, ninguém botava fé no bitcoin. Você acha que os grandes bancos estão entrando nesse mercado porque? Claro que as pessoas têm pé atras. Por isso que eu insisto que é preciso ter mais informações. Faço palestras pelo projeto para 30, 35 pessoas. Mas quero fazer mais. Hoje estou só na Baixada Santista, mas tenho planos de ir para o Rio de Janeiro e Florianópolis. 

E qual é o futuro do mercado?

É muito promissor. As criptomoedas são o futuro. Pega o exemplo da Venezuela. O dinheiro de papel lá virou até peça de artesanato de tão desvalorizado. O bitcoin é uma moeda universal, que não precisa de câmbio, nada. Acredito que o futuro está aí. 

Conheça o canal de Vinicius Velasque no Instagram.

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