Drex adiado, bolsa de valores que paga dividendos em criptomoedas e outros destaques da semana
Esta semana no mercado de criptomoedas: o real digital chega só em 2026, a nova bolsa Roxom desembarca ao Brasil com pagamentos de dividendos em Bitcoin e uma universidade nos EUA estabelece o primeiro instituto de pesquisa em Bitcoin.
Além disso, Ripple e Fenasbac se aliam para avançar a blockchain no Brasil, enquanto o setor enfrenta perdas significativas para hackers em julho.
- Drex só mesmo em 2026 – Como o real digital pode impactar a vida cotidiana do brasileiro
- Roxom – Chega ao Brasil bolsa que paga dividendos em Bitcoin
- Universidade nos EUA cria o primeiro instituto de pesquisa acadêmica em Bitcoin
- Ripple e Fenasbac se unem para promover a tecnologia blockchain no Brasil
- Setor de criptomoedas perdeu US$ 269 milhões para hackers em julho
Drex só mesmo em 2026 – Como o real digital pode impactar a vida cotidiana do brasileiro
O lançamento do Drex, a moeda digital do Banco Central do Brasil, foi adiado para 2026. Durante o evento Blockchain.Rio, Fabio Araújo, coordenador do projeto, anunciou que o Banco Central abrirá chamadas para empresas interessadas em participar dos testes do Drex em 2025, com seleção dos projetos até o final de agosto pela Associação Brasileira de Internet (Abranet).
EM suma, o Drex, que visa a tokenização da economia brasileira, é uma moeda digital segura, regulada pelo Bacen, e terá o mesmo valor que o real, facilitando operações financeiras ao reduzir custos e burocracias.
Sobretudo, a principal diferença entre o Drex e métodos convencionais como o Pix é que o Drex operará em uma plataforma própria que pode interagir com ativos financeiros e não financeiros via blockchain, promovendo maior eficiência e transparência.
Ademais, a introdução do Drex também busca fomentar a inovação e competitividade no setor financeiro. Como resultado, ele incentivará o uso de contratos inteligentes e a integração de serviços financeiros e negócios em um único sistema.
Com essa implementação, o Brasil espera simplificar transações como a venda de propriedades e veículos, tornando-as mais seguras e menos onerosas.
A segunda fase de testes já incorpora ativos não financeiros e requer a participação de outros órgãos reguladores, como a Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
No entanto, o projeto enfrenta desafios de privacidade, segurança e infraestrutura tecnológica, além de necessitar de uma campanha educativa para ensinar o público a usar a nova moeda digital eficientemente.
Roxom – Chega ao Brasil bolsa que paga dividendos em criptomoedas
A Roxom iniciou suas operações no Brasil, apresentando-se como a primeira bolsa de valores mundial a distribuir dividendos em Bitcoin. Fundada por Borja Martel Seward e Nick Damico, a Roxom oferece uma nova abordagem para o mercado financeiro, permitindo que as empresas listadas paguem dividendos ou emitam dívidas em Bitcoin.
A bolsa opera 24 horas por dia, sete dias por semana, proporcionando aos investidores a oportunidade de negociar uma variedade de ativos. Estes incluem metais preciosos, commodities, ações de empresas como a Tesla, e criptos, tudo diretamente com Bitcoin.
Além de operar como uma bolsa tradicional durante o horário comercial, Roxom disponibiliza negociações de futuros e opções a qualquer momento, aumentando a flexibilidade para os investidores.
O CEO da Roxom, Martel Seward, ressaltou a importância de criar um mercado dedicado ao Bitcoin, comparando a necessidade de uma plataforma própria para a criptomoeda com os mercados estabelecidos para moedas tradicionais como o dólar e a libra esterlina.
A bolsa já atraiu investimentos iniciais significativos, incluindo contribuições de líderes do setor como David Marcus, ex-presidente do PayPal, e representantes do Mercado Livre e Ripio, além de fundos como Draper Associates e Kingsway Capital.
Essa iniciativa visa ampliar o acesso a serviços financeiros baseados em Bitcoin, refletindo uma visão de que o Bitcoin pode eventualmente substituir moedas convencionais como o dólar em muitos aspectos da economia global.
Universidade nos EUA cria o primeiro instituto de pesquisa acadêmica em Bitcoin
A Universidade de Wyoming inaugurou o primeiro Instituto Acadêmico de Pesquisa em Bitcoin, anunciado na Conferência Bitcoin 2024 em Nashville.
Sob a liderança do Dr. Bradley Rettler, professor associado de Filosofia e autor de “Resistance Money: A Philosophical Case for Bitcoin”, o instituto focará em produzir pesquisas revisadas por pares que abrangem diversas disciplinas acadêmicas sobre Bitcoin.
Rettler, que traz sua especialização em filosofia das criptos, visa melhorar o acesso a pesquisas acadêmicas de qualidade sobre Bitcoin, identificando uma carência significativa neste campo. Andrew M. Bailey, coautor do livro de Rettler, também se juntará ao corpo docente do instituto. Este será oficialmente inaugurado em agosto, pronto para o ano letivo de 2024-2025.
Além de estimular a pesquisa acadêmica, o Bitcoin Research Institute (BRI) da Universidade de Wyoming planeja criar posições acadêmicas e organizar eventos como oficinas e seminários para engajar jovens em projetos relacionados ao Bitcoin. A localização em Wyoming, estado conhecido por seu ambiente favorável às criptos, facilitou a criação do instituto.
Wyoming se destaca pelo apoio de figuras políticas como a Senadora Cynthia Lummis, que propõe a compra de Bitcoin para fortalecer a reserva nacional.
Ripple e Fenasbac se unem para promover a tecnologia blockchain no Brasil
A Ripple anunciou uma nova parceria com a Federação Nacional de Associações de Servidores de Bancos Centrais (Fenasbac) no Brasil. O objetivo é impulsionar inovações fintech através do programa de aceleração Next.
Essa colaboração busca desenvolver soluções financeiras escaláveis utilizando a tecnologia blockchain, especialmente o XRP Ledger. Como parte do acordo, a Ripple também patrocinará duas fintechs que estejam trabalhando com blockchain em áreas como gestão de tesouraria e tokenização de ativos.
O programa Next, dirigido pela Fenasbac, é reconhecido como um dos principais aceleradores do setor financeiro no Brasil. Ele fornece orientação, recursos e oportunidades de investimento para fintechs emergentes.
Silvio Pegado, diretor administrativo da Ripple na América Latina, destacou o papel do Brasil como um ambiente favorável à inovação tecnológica e à implementação de políticas avançadas relacionadas à blockchain. Ele também reafirmou o compromisso da Ripple em fortalecer startups que abordam desafios financeiros reais através da blockchain.
Esta parceria representa o segundo projeto conjunto entre a Ripple e a Fenasbac. Já houve uma cooperação anterior em pesquisas de interoperabilidade blockchain com instituições acadêmicas brasileiras e o Banco Central do Brasil.
Setor de criptomoedas perdeu US$ 269 milhões para hackers em julho
Em julho de 2024, o setor de criptomoedas enfrentou uma onda de ataques cibernéticos. Houve perdas de aproximadamente US$ 269,5 milhões em 14 incidentes distintos, conforme reportado pela plataforma de segurança Immunefi.
Este valor representou um aumento de 90% em relação ao mês anterior e uma redução de 15,9% comparado a julho de 2023. Surpreendentemente, a maior parte das perdas ocorreu na exchange indiana WazirX. Esta sofreu um hack de US$ 235 milhões, e no protocolo LI.FI, com perdas de US$ 10 milhões.
O relatório da Immunefi destacou que as finanças centralizadas (CeFi) foram mais afetadas que as descentralizadas (DeFi). Surpreendentemente, 87% do total de perdas ocorreu em apenas um incidente. Além disso, foi identificado que o grupo norte-coreano Lazarus esteve bastante ativo no período. Ele foi responsável pelo ataque à WazirX e possivelmente outros ataques ao longo de 2024.
As redes Ethereum e BNB Chain foram as mais atacadas, com a Ethereum enfrentando sete incidentes, que resultaram em 50% das perdas das cadeias atacadas.
Por fim, a Immunefi, enquanto isso, continuou a oferecer recompensas significativas por “bug bounty”, totalizando mais de US$ 157 milhões. Além disso, mais de US$ 100 milhões já foram pagos em recompensas, protegendo mais de US$ 25 bilhões em fundos dos usuários.
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