Europol constata igual incidência de casos criminais envolvendo Bitcoin e altcoins

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Europol constata igual incidência de casos criminais envolvendo Bitcoin e altcoins

A força policial da União Europeia, Europol, revelou que o número de crimes com os quais lida envolvendo Bitcoin é quase o mesmo que aqueles envolvendo altcoins.

A informação parte da mais recente “Internet Organised Crime Threat Assessment” (ou Avaliação de Ameaça de Crime Organizado na Internet – IOCTA), divulgada na segunda-feira (22/07). No documento, a agência destacou um aumento no uso de criptomoedas em várias atividades criminosas. Especificamente, constatou-se um aumento notável no uso de altcoins para fins criminosos.

A agência observou que os atacantes de ransomware solicitam principalmente Bitcoin para pagamentos de resgate porque é mais fácil obter do que outros tokens. No entanto, houve casos em que foram feitas exigências para outras criptomoedas, como Monero.

Desenvolvimentos do mercado cripto abrem portas para novos golpes

A Europol alertou ainda que os recentes desenvolvimentos no mercado cripto podem influenciar a forma como os criminosos exploram as criptomoedas. Em particular, os golpistas começam a tirar proveito do número crescente de fundos negociados em bolsa (ETFs) relacionados a criptomoedas, explicou.

Em casos de fraude de investimento, há uma tendência crescente de conversão de Bitcoin em stablecoins, como o Tether (USDT). Isso se deve principalmente ao fato de as stablecoins terem preços menos voláteis.

Além disso, os investigadores descobriram uma maior prevalência de Tether na blockchain Tron do que na blockchain Ethereum. Isso provavelmente se deve às taxas de transação mais baixas no Tron.

Ademais, o envolvimento de serviços não conformes continua a representar desafios significativos nas investigações de criptografia. Embora algumas empresas tenham aprimorado sua cooperação com a aplicação da lei, os serviços baseados em jurisdições offshore geralmente levam a procedimentos prolongados de assistência jurídica mútua.

Europol expõe exchange cripto por lavagem

A Europol ainda relatou um aumento na lavagem de cripto por meio de serviços de exchange em 2023. Os criminosos usam esses serviços para ocultar seus fundos – trocando por moedas de privacidade para obter anonimato e por stablecoins para obter estabilidade de preços.

No mês passado, a Europol deu o alarme sobre o potencial da mineração cripto para a lavagem de dinheiro. Um relatório da agência alertou que os criminosos podem usar a mineração para ocultar ganhos ilícitos e até mesmo obter lucro.

Por exemplo, o caso da BitClub Network expôs como os pools de mineração podem ser usados indevidamente para alimentar esquemas Ponzi. Assim, roubam centenas de milhões de euros das vítimas.