FTX se antecipa aos maus momentos do mercado

Ruholamin Haqshanas
| 2 min read
Image credit: FTX

O CEO e cofundador da exchange de criptomoedas FTX, Sam Bankman-Fried (SBF), revelou que a empresa construiu um War Chest (na tradução literal, um cofre de guerra) estimado em US$ 1 bilhão. O objetivo da empresa é continuar aplicando capital para resgatar empresas de criptomoedas em dificuldades e comprar seus ativos.

Em entrevista à emissora de TV americana CNBC, Bankman-Fried não revelou a quantia específica, claramente com o intuito de não parecer muito certo da resposta. No entanto, o CEO observou que a FTX ainda está em uma zona de conforto quanto a quantidade de fundos que está disposta a aplicar sem esvaziar seus cofres.

“Você tem a questão de ‘quanto nos sentimos confortáveis ​​em implantar.’ Dizer que há outra parte de um bilhão aqui que está completamente desembaraçada o colocará em um fator de certeza da resposta certa”, disse a SBF quando pressionada sobre quanto mais FTX precisava implantar.

Durante a entrevista, ele ainda destacou que, entrando no mercado de baixa, a FTX tinha alguns bilhões de fundos próprios, somados aos fundos levantados de capital de risco e lucros obtidos este ano e também no ano passado.

Enquanto isso, o bilionário de 30 anos continua afirmando que a filosofia de sua empresa é guiada pela necessidade de proteger os consumidores e impedir que o contágio se espalhe pelo ecossistema de criptomoedas devido à falha de qualquer ativo ou empresa. Ele afirma que, a longo prazo, isso será bom para os clientes, as regulamentações e o ecossistema em geral.

Atividades de resgate da FTX produz resultados mistos até agora

A FTX, exchange com sede nas Bahamas, projetou acordos de resgate com valor estimado em aproximadamente US$ 1 bilhão na indústria de criptomoedas este ano. De acordo com relatório da Bloomberg, alguns desses negócios já tiveram um desempenho ruim, enquanto os resultados de outros estão mostrando sinais de esperança.

O relatório mostra que a SBF participou de um empréstimo de US$ 485 milhões feito para a Voyager Digital Ltd. tido como um negócio potencialmente ruim, já que o valor não foi suficiente para impedir que a empresa declarasse falência em julho. Em contrapartida, o resgate de crédito rotativo de US$ 400 milhões dado ao BlockFi, outro credor de criptomoedas um tanto quanto problemático, estava mostrando sinais de eficácia. 

A SBF não mostra incômodo os possíveis resultados. Segundo ele, a FTX não oferece ajuda apenas para obter lucro com cada negócio, mas para atender à necessidade de capital no mercado.

A FTX alcançou uma avaliação de mercado próxima a US$ 32 bilhões após uma rodada de financiamento da Série C realizada em janeiro como mostrou  a CNBC. Independentemente disso, a exchange continuou a explorar maneiras de diversificar seu fluxo de receita longe de apenas taxas de criptografia em meio à turbulência do mercado.

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