Inflação dos EUA vem menor que esperado e Bitcoin se aproxima dos US$ 60 mil
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O Bitcoin (BTC) conseguiu, nesta quinta-feira (11/07), recuperar as perdas recentes e registrou um aumento significativo, atingindo a marca de US$ 59 mil. Com essa valorização, outras grandes criptomoedas também apresentaram desempenho positivo no mercado.
Os dados de inflação dos Estados Unidos, divulgados recentemente, foram os principais responsáveis pela impulsionada nos preços. O Índice de Preços ao Consumidor (CPI) registrou um aumento anual de 3,0% em junho, ficando abaixo das expectativas que apontavam para um avanço de 3,1%.
Além disso, o núcleo do CPI, que desconsidera os itens mais voláteis, teve um crescimento anual de 3,3% em junho, uma diminuição em relação aos 3,4% observados em maio.
Embora a inflação ainda esteja acima da meta de 2% estabelecida pelo Federal Reserve (Fed), os dados econômicos recentes sugerem a possibilidade de que o banco central americano possa reduzir as taxas de juros.
Investidores antecipam maior liquidez e valorização de ativos de risco
Logo após a divulgação dos dados de inflação, os mercados financeiros passaram a considerar uma probabilidade de aproximadamente 87% de que o Federal Reserve venha a reduzir as taxas de juros em sua próxima reunião, marcada para setembro. Antes desses dados, as chances eram estimadas em 75%, segundo informações do CME Group.
É importante ressaltar que as taxas de juros dos Estados Unidos são monitoradas atentamente por investidores de mercados tradicionais e também por aqueles interessados em criptomoedas.
De modo geral, espera-se que os cortes nas taxas de juros norte-americanas promovam um aumento da liquidez global. Dessa forma, isto favoreceria a valorização de ativos considerados mais arriscados, como ações e criptomoedas.
Pressão vendedora no mercado de Bitcoin influenciada por Mt. Gox e governo alemão
Beto Fernandes, analista da Foxbit, considera que, apesar de indicadores positivos, é pouco provável que o Federal Reserve faça cortes nos juros na reunião de julho. Fernandes aponta que as expectativas do mercado estão voltadas para setembro, período em que se espera um ambiente mais propenso ao risco.
Fernandes também destaca que até essa data, o mercado de Bitcoin enfrenta uma pressão vendedora significativa. Isso se deve à devolução de bitcoins roubados aos clientes pela exchange Mt. Gox, após um ataque hacker em 2014. Outro fator que exerce influência é a venda de outras 6 mil unidades da criptomoeda pelo governo alemão.
No cenário político, o candidato republicano à presidência dos EUA, Donald Trump, está programado para falar durante 30 minutos sobre Bitcoin em uma conferência em Nashville, Tennessee, no dia 27 de julho.
Former President Trump will give a 30-minute speech at a Bitcoin conference in Nashville on July 27
by @realDannyNelson https://t.co/6SCeGg3p2M
— CoinDesk (@CoinDesk) July 10, 2024
A participação de Trump, conforme reportado pelo site Coindesk, é vista como um gesto de apoio ao mercado de criptomoedas. Como resultado, sinaliza-se uma possível política pró-cripto em caso de eleição.
Quanto aos ETFs de Bitcoin à vista nas bolsas americanas, houve um registro de um saldo líquido positivo de US$ 147,4 milhões no dia anterior.
O principal responsável por esse influxo foi o FBTC, da Fidelity. Este apresentou um excedente de US$ 57,8 milhões em compras de cotas em relação às vendas. O segundo maior saldo positivo, de US$ 31,7 milhões, foi do EZBC, da Franklin Templeton.
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