Live do Banco Central discute prevenção de golpes e educação financeira
Neste mês, o Banco Central (BC) iniciou a campanha “Antes de confiar, melhor verificar”, em colaboração com vários criadores de conteúdo digital, visando aumentar a conscientização entre os usuários do Sistema Financeiro Nacional (SFN) sobre os riscos de golpes.
Durante a Live BC de junho, a diretora de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta do Banco Central, Carolina de Assis Barros, discutiu estratégias de proteção contra fraudes. A transmissão ao vivo está disponível no canal do YouTube do BC.
Carolina destacou que a prevenção de golpes no BC se baseia em três pilares: colaboração regulatória com bancos e instituições financeiras por normas e supervisão; cooperação contínua com órgãos de segurança pública; e a promoção da educação financeira entre os cidadãos.
“Os dados pessoais no sentido amplo, incluindo as senhas, se transformaram em parte crucial do nosso patrimônio. Por isso, é preciso zelar e cuidar. Uma das melhores formas de se resguardar é com informação, mais especificamente, com educação financeira.”, comentou Carolina.
Banco Central alerta sobre aumento de fraudes em empréstimos falsos
Conforme a diretora do Banco Central, as estratégias criminosas normalmente exploram momentos de distração ou vulnerabilidade das vítimas, como quando estão endividadas e precisam de um empréstimo. A diretora explicou que os criminosos geralmente criam uma sensação de urgência, alegando situações como clonagem de cartão ou ofertas limitadas, e propõem soluções simples ou condições vantajosas para atrair as vítimas.
Carolina destacou a importância de proteger dados pessoais e senhas, especialmente em um contexto de crescente digitalização da comunicação e do Sistema Financeiro Nacional (SFN). Ela reforçou que o conhecimento é o melhor escudo contra fraudes e mencionou a série “BC te Explica”, que aborda temas como prevenção a golpes e fraudes.
Entre os golpes mais comuns está o do empréstimo falso. Nele, os criminosos exigem um depósito antecipado sob pretextos diversos, como pagamento de cadastro ou taxas. Depois, desaparecem com o dinheiro.
Para evitar tais fraudes, a diretora recomendou verificar se a instituição financeira é regulada pelo BC. Outra dica é desconfiar de ofertas muito vantajosas ou que não exigem procedimentos padrão de bancos. Além de evitar links suspeitos de empréstimos e nunca realizar pagamentos antecipados, especialmente para contas de pessoa física, já que isso não é uma prática de instituições reguladas pela autoridade monetária.
Por fim, para consultar as instituições financeiras autorizadas, reguladas ou supervisionadas pelo BC, acesse https://www.bcb.gov.br/meubc/encontreinstituicao.
Como se proteger de golpes com cartões de crédito
Durante a transmissão ao vivo, foi exposta uma situação em que a vítima recebe uma chamada telefônica alegando uma compra não reconhecida ou outro problema com seu cartão de crédito. O interlocutor, alegando necessidade de verificar a transação, solicita dados do cartão que, posteriormente, são usados pelos fraudadores em outras compras.
Em outro exemplo, informa-se à vítima que um motoboy, supostamente enviado pelo banco, irá coletar o cartão para resolver o problema. No entanto, também utilizarão este cartão indevidamente.
Segundo orientações da diretora do Banco Central, é crucial lembrar que as centrais de atendimento realizam raramente chamadas para os clientes. Ela concluiu dizendo que isso é mais uma exceção do que regra.
Carolina de Assis Barros fornece algumas medidas de precaução:
- desconfiar de números desconhecidos mesmo que o identificador de chamadas indique um nome de banco familiar;
- terminar a chamada imediatamente ou nem atender – em caso de dúvidas, contatar diretamente o gerente ou o banco usando outro telefone;
- não fornecer dados pessoais ou senhas durante chamadas recebidas;
- entender que uma instituição financeira nunca enviará um motoboy para recolher um cartão; e,
- se for necessário cancelar um cartão, o próprio cliente deve destruí-lo imediatamente.
Na LiveBC de junho, Carolina Barros, Diretora de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta do BC, fala sobre os golpes mais comuns e dá orientações imperdíveis para que você não seja mais uma vítima deles. Acompanhe no Canal do BC, conte sua história e tire suas dúvidas. pic.twitter.com/546jI6gQ99
— Banco Central BR (@BancoCentralBR) May 31, 2024
Como proteger seus dados e evitar golpes com o Pix
Carolina também utilizou a transmissão ao vivo para destacar importantes medidas de segurança com dados pessoais. Entre as dicas, ela enfatizou a importância de não compartilhar senhas, usar senhas distintas e complexas para diferentes contas, e alterá-las regularmente em sites financeiros e de compras.
A diretora do BC também recomendou o uso de antivírus nos dispositivos utilizados para acessos bancários e compras. Sugeriu a adoção de autenticação de dois fatores sempre que possível. E cautela contra a ajuda de estranhos para operações em caixas eletrônicos. O conselho é buscar um funcionário do banco devidamente uniformizado e identificado. Ao digitar senhas, ela reforçou a necessidade de máxima atenção.
Sobre o uso do Pix, a diretora de Relacionamento do Banco Central destacou que, apesar da segurança, rapidez e gratuidade do sistema, o risco reside, sobretudo, na manipulação e exploração das falhas humanas para a prática de crimes financeiros.
Carolina ofereceu conselhos para evitar golpes com o Pix, como não registrar chaves em links ou sites desconhecidos. Ou evitar o acesso remoto a dispositivos, verificar sempre os dados do destinatário e o valor antes de uma transferência. E, em caso de fraude, notificar imediatamente o banco. Isso para que o Mecanismo Especial de Devolução seja acionado e a chave Pix do recebedor marcada como suspeita.
Por fim, para mais informações sobre proteção contra golpes financeiros, o Banco Central oferece uma página de FAQs. Ela está acessível em seu site oficial, que contém dicas adicionais e exemplos para auxiliar os cidadãos a se protegerem de criminosos.
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