Polícia Japonesa exclui aviso sobre mineração de criptomoedas após perder caso Monero

Tim Alper
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A saga da mineração de Monero (XMR) que colocou desenvolvedores web japoneses contra a polícia no mês passado pode ter chegado ao fim, mas a força policial parece ter adicionado uma conclusão intrigante – removendo alertas sobre os perigos dos widgets de mineração de criptomoedas.

Conforme relatado em janeiro, o caso remonta a 2017 e envolveu um desenvolvedor de site de música de Yokohama chamado Moroi Seiya (34 anos), que usava um aplicativo de mineração de criptomoedas desenvolvido pela Coinhive em suas páginas. O widget foi descontinuado pela Coinhive, e Moroi ganhou apenas US$ 9 em XMR rodando o script em seu site. Mas em 2018, ele recebeu uma multa de US$ 900 por policiais.

A polícia continuou a reprimir o uso desses widgets de mineração, que usavam as CPUs dos visitantes do site para minerar moedas. No caso do script Coinhive usado por Moroi, 70% dos tokens minerados foram distribuídos para editores de sites e 30% para desenvolvedores.

A repressão viu a Agência Nacional de Polícia alertar publicamente os desenvolvedores de que considerava esses widgets como “vírus” e postar um aviso intitulado “cuidados sobre ferramentas usadas para mineração de moedas virtuais (ferramentas de mineração)” em seu site.

Esse aviso permaneceu em vigor desde meados de 2018 até o início deste ano. Nesse meio tempo, a agência travou uma longa batalha legal com Moroi, com o caso indo dos tribunais civis para o Tribunal Superior e, finalmente, o Supremo Tribunal – que acabou decidindo a favor de Moroi.

Grande parte da campanha legal de Moroi foi financiada por ativistas da web e membros da comunidade em desenvolvimento.

ITTime informou, o aviso parece ter sido discretamente removido do site da polícia. Desde 28 de janeiro, observou o meio de comunicação, uma busca pela página não retorna nada além de uma mensagem de “página não encontrada”.

Usando ferramentas da Wayback Machine, operada pelo Internet Archive, no entanto, o meio de comunicação conseguiu desenterrar a página – observando que parecia estar ativa até 21 de janeiro – o dia em que o tribunal deu seu veredito no caso.
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