Promotores sul-coreanos afirmam que Do Kwon deixou o país em abril

Tim Alper
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Source: Screen capture/YouTube/Terra

Os promotores sul-coreanos passaram a tratar o CEO da Terraform Labs, Do Kwon, como “fugitivo” e alegam que fugiu da Coréia do Sul em abril, dias antes da queda das moedas do ecossistema Terra, como a TerraUSD (UST).

No sábado, Kwon foi ao Twitter para negar a acusação, apesar da Justiça ter expedido um mandado de prisão. Os promotores chegaram a pedir ao Ministério das Relações Exteriores que anule o passaporte de Kwon, juntamente com os documentos de viagem de outros quatro executivos da Terraform. Mas Kwon parece ter feito pouco caso das alegações de que estaria fugindo. 

Os promotores sul-coreanos não aceitam os argumentos do executivo e, segundo Dong A Ilbo, disse a jornalistas em uma entrevista coletiva em 18 de setembro:

“Kwon partiu para Cingapura no final de abril e dissolveu a empresa doméstica que ele usava para emitir moedas. É claro que ele fugiu e deixou o país para Cingapura. [Nós] ele emitimos um mandado de prisão porque há o medo de que ele não responda aos pedidos para comparecer ao interrogatório”.

A promotoria disse ainda que temia que Kwon “não cooperasse com o processo investigativo” durante “processos de busca e apreensão”.

Os oficiais acrescentaram estarem atualmente “no processo de garantir o paradeiro de Kwon”. Acredita-se também que eles entraram em contato com a Interpol com um pedido de cooperação.

No fim de semana, a polícia de Cingapura também garantiu que Kwon já havia deixado o país.

As evidências contra Kwon e Terraform se acumulam. Os promotores também alegaram que a família de Kwon seguiu o CEO para Cingapura um mês depois que ele viajou para o mesmo destino.

Eles também acreditam que vários colegas executivos da Terraform “também fugiram antes ou logo após a queda dos tokens.

Citando fontes de Cingapura, Chosun Ilbo informou que os dias de residência de Kwon no exterior podem estar contados. Kwon atualmente tem um visto de EntrePass que, de acordo com o Ministério do Trabalho de Cingapura, “permite que empreendedores estrangeiros elegíveis iniciem e operem um negócio em Cingapura que seja de risco”.

Estima-se que esse visto expire em 7 de dezembro – e seu pedido para estender a validade do documento já foi rejeitado. Chosun acrescentou que o Ministério do Trabalho cancelou anteriormente o EntrePasses por violações dos protocolos de prevenção de coronavírus de Cingapura.

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