Sanções na Rússia podem levar mais países a considerarem CBDCs, diz ex-banqueiro central

Fredrik Vold
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Sanções impostas à Rússia como resultado da guerra na Ucrânia podem levar mais países a considerar versões digitais de suas próprias moedas – conhecidas como moedas digitais de banco central (CBDCs) – como um contrapeso ao papel dominante do dólar americano, um ex-executivo do Banco do Japão (BOJ) disse.

De acordo com Hiromi Yamaoka, ex-chefe de sistemas de pagamento e liquidação do Banco do Japão, “um país como a China” poderia ver as sanções à Rússia como uma forma de promover o uso de seu yuan digital existente para transações internacionais.

Tal movimento efetivamente criaria “um bloco monetário” que contrariaria o domínio do dólar americano no comércio internacional, disse Yamaoka à Reuters na quarta-feira.

“Defesa e segurança nacional provavelmente se tornarão temas-chave ao debater sobre CBDCs”, disse o ex-executivo do BOJ.

Ele explicou ainda que a mais impactante das sanções ocidentais que foram impostas à Rússia até agora foi o congelamento de reservas estrangeiras.

A arma mais eficaz e poderosa foi o congelamento das reservas estrangeiras da Rússia. Isso significa que os aliados dos EUA criaram intencionalmente uma situação que leva a Rússia ao default”, disse ele.

Notavelmente, Yamaoka alertou contra o uso leviano de sanções na infraestrutura financeira, dizendo que esses são “meios de emergência” que nunca devem ser usados ​​em excesso.

Por último, o ex-executivo do banco central disse que é improvável que criptoativos públicos e descentralizados sejam uma maneira viável da Rússia contornar as sanções. Esses tipos de ativos são muito arriscados para usar em grandes transferências de fundos, opinou Yamaoka.

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