Título com lastro em criptos, novo app de criptomoedas da Coinbase e outros destaques da semana
Esta semana no mercado de criptomoedas, a Coinbase anunciou um aplicativo para gerenciar ativos digitais, enquanto o Banco do Brasil e a Caixa exploram pagamentos off-line para benefícios sociais.
Além disso, Trump afirma que irá à conferência de Bitcoin mesmo após o atentado. Por fim, a Rússia considera legalizar o comércio de criptomoedas na bolsa de valores e uma nova plataforma de investimentos alternativos irá lançar títulos lastreados em cripto.
- Coinbase lançará aplicativo para gerenciar posições de criptomoedas, NFTs e DeFi
- Banco do Brasil e Caixa estudam solução off-line do Drex para pagamento de benefícios sociais
- Trump vai à conferência Bitcoin, mesmo após atentado
- Rússia estuda liberar negociação de criptomoedas em bolsas de valores
- Plataforma de investimentos alternativos lança título com lastro em criptomoedas
Coinbase lançará aplicativo para gerenciar posições de criptomoedas, NFTs e DeFi
A Coinbase anunciou o lançamento de um novo aplicativo web que centralizará a gestão de criptoativos, incluindo tokens, NFTs e posições DeFi. Este aplicativo permitirá aos usuários gerenciar seus ativos em diversas blockchains como Bitcoin, Solana e Ethereum de uma forma unificada.
Sid Coelho-Prabhu, Diretor Sênior de Gerenciamento de Produtos da Coinbase, destacou que o aplicativo nasceu da necessidade dos usuários de uma plataforma mais simplificada para visualizar e administrar seus portfólios de criptoativos. O objetivo é tornar as transações on-chain mais acessíveis e práticas.
O novo aplicativo da Coinbase suportará a negociação de mais de 2 milhões de tokens em várias cadeias. Além do mais, ele permitirá conexões com várias carteiras, exibindo o saldo total em um único local.
Além de facilitar a negociação, o aplicativo também integrará funcionalidades para a criação e distribuição de NFTs, proporcionando aos criadores mais controle e oportunidades de monetização.
Este lançamento faz parte de um esforço maior da Coinbase para simplificar o uso da tecnologia blockchain e melhorar a segurança e a experiência do usuário. Como resultado, ela fortalece seu papel no mercado de criptomoedas em meio a crescentes desafios regulatórios e legais.
Banco do Brasil e Caixa estudam solução off-line do Drex para pagamento de benefícios sociais
A Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil estão testando o uso da moeda digital brasileira (CBDC), conhecida como Drex, em modo off-line para possibilitar transações em regiões sem acesso à internet. Este avanço poderia beneficiar cerca de 29 milhões de brasileiros sem conexão à rede.
As instituições estão desenvolvendo sistemas que permitirão transações por meio de celulares ou cartões especiais em terminais Point of Sales (POS). Ester terminais se comunicam com os bancos via satélite ou linhas telefônicas.
Especialmente relevante em áreas remotas, essa tecnologia facilita o uso do Drex sem necessidade de internet. Como resultado, promove-se inclusão financeira em locais onde 16% das residências ainda não têm acesso à web.
A Caixa, em parceria com a Elo e a Microsoft, está focada em entregar vouchers digitais do Bolsa Família para evitar deslocamentos desnecessários dos beneficiários.
Paralelamente, o Banco do Brasil, em colaboração com a Giesecke + Devrient (G+D) da Alemanha, explora soluções para pagamentos cotidianos, como compras em mercados e serviços diversos, com ou sem conexão à internet.
Essas inovações visam facilitar transações seguras e práticas, utilizando tecnologia de criptografia para proteger os dados transferidos, mesmo off-line. Além disso, elas respondem à persistente relevância do dinheiro físico em muitas comunidades brasileiras.
Trump vai à conferência Bitcoin, mesmo após atentado
Apesar de ter sobrevivido a uma tentativa de assassinato durante um comício na Pensilvânia em 13 de julho, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou sua participação na Conferência Bitcoin em Nashville, Tennessee.
David Bailey, CEO da Bitcoin Magazine e organizador do evento, assegurou que Trump está de bom humor e ansioso para discursar no evento. Este ocorrerá de 25 a 27 de julho. O incidente em que tiros foram disparados enquanto Trump estava no palco não o feriu, graças à rápida intervenção do Serviço Secreto.
Steven Cheung, porta-voz da campanha de Trump, elogiou a resposta das autoridades ao ataque. Além disso, o incidente influenciou os mercados de previsão, aumentando as chances de Trump nas próximas eleições.
Sua posição sobre criptomoedas também mudou recentemente, com Trump declarando que encerraria a “guerra às criptomoedas” do governo Biden, se reeleito.
Por fim, uma pesquisa revelou que um número significativo de eleitores de criptomoedas apoia Trump para a eleição presidencial dos EUA de 2024.
Rússia estuda liberar negociação de criptomoedas em bolsas de valores
O Ministério das Finanças da Rússia está considerando permitir que investidores qualificados negociem moedas digitais através de bolsas licenciadas no país, como a Bolsa de Moscou e a Bolsa de São Petersburgo.
Essas instituições, já registradas no Banco da Rússia, poderiam operar dentro de uma regulamentação que trataria as moedas digitais como commodities.
Anatoly Aksakov, líder do Comitê de Mercado Financeiro da Duma, ressaltou que essas bolsas estão prontas para entrar no mercado de criptomoedas, tendo já preparado a infraestrutura necessária.
A proposta faz parte de um esforço mais amplo do governo russo, que inclui a revisão legislativa da mineração e transações de criptomoedas. Além disso, há planos para o uso de criptomoedas em acordos internacionais, conforme instruções do primeiro-ministro Mikhail Mishustin.
Enquanto isso, empresas russas de commodities têm utilizado stablecoins para transacionar com contrapartes chinesas, evitando restrições internacionais.
Adicionalmente, a Rússia está avançando na implementação de uma Moeda Digital do Banco Central (CBDC), com o Banco da Rússia autorizado a operar uma plataforma para o rublo digital.
Recentemente, revelou-se também que a Rússia e o Irã estão explorando soluções comerciais baseadas em CBDC e ativos financeiros digitais (DFA).
Plataforma de investimentos alternativos lança título com lastro em criptomoedas
No Brasil, uma inovação financeira marcou o mercado com a criação do primeiro certificado de recebível lastreado em criptomoedas, oferecendo uma remuneração de até 43% ao ano. A iniciativa é fruto de uma colaboração entre a Hurst Capital, plataforma de investimentos em ativos alternativos, e a Borum Finance, especializada em criptoativos.
Este instrumento financeiro capitaliza sobre o potencial das finanças descentralizadas (DeFi), permitindo aos investidores aportar criptoativos em pools de liquidez. Em seguida, as receitas são geradas e repassadas aos detentores dos títulos.
Os rendimentos, altamente atrativos, são possíveis graças às taxas cobradas por estas plataformas digitais. Nela, os investidores ganham uma fração das taxas de transação ao fornecer liquidez.
Francis Wagner, da Hurst Capital, destaca que apenas protocolos de DeFi reconhecidamente seguros são utilizados para minimizar riscos, como ataques de hackers. Adicionalmente, as criptomoedas são armazenadas em carteiras físicas para maior segurança, com medidas de recuperação de valores em caso de violações.
Os lucros são convertidos em stablecoins atreladas ao dólar antes da distribuição, mantendo a exposição cambial enquanto protege contra volatilidades do mercado de criptomoedas. A duração do título é de 60 meses, com um retorno esperado em 33 meses.
Essa operação representa uma evolução significativa nas interações entre as finanças tradicionais e a indústria de criptomoedas, com a Hurst operando dentro das regulamentações de crowdfunding da CVM.
Por fim, esta operação simboliza o crescente dinamismo e inovação no setor financeiro brasileiro, que já tokenizou mais de R$ 1 bilhão em ativos diversos até o início deste ano.
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