Trump repete promessas para mercado cripto e quer Elon Musk na equipe
Why Trust Us
O candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a se aproximar do mercado cripto. Na quinta-feira (5), em discurso no Clube Econômico de Nova York, ele afirmou que deseja tornar os EUA a “capital mundial das criptomoedas e do Bitcoin”.
Além disso, Trump disse que seguiria uma sugestão do CEO da Tesla e dono do X, Elon Musk:
“Criarei uma comissão de eficiência governamental encarregada de realizar uma auditoria financeira e de desempenho completa de todo o governo federal, fazendo recomendações para reformas drásticas. Precisamos fazer isso, não podemos continuar do jeito que estamos agora.”
Por fim, depois do discurso, Musk postou um comentário no X (antigo Twitter) concordando com o candidato: “Isso traria uma enorme prosperidade para os Estados Unidos”.
Aliás, Trump já havia mencionado essa ideia. No entanto, o discurso da última quinta-feira foi a primeira ocasião pública em que ele endossou a proposta.
Musk já aceitou ser o chefe da comissão
No discurso, Trump afirmou que, em 2022, as fraudes e pagamentos indevidos custaram “centenas de bilhões” para o contribuinte. Portanto, a primeira tarefa da comissão seria o desenvolvimento de um plano de ação para acabar com possíveis irregularidades.
Além disso, Trump disse que cumpriria esse objetivo em seis meses, o que, segundo ele, “economizará trilhões de dólares. Para os serviços que temos agora, trilhões de dólares são desperdiçados e ninguém sabe para onde vão”.
Por fim, a comissão seria chefiada pelo próprio Musk, que sugeriu a ideia. Segundo Trump, o bilionário sul-africano já teria aceitado o convite. Aliás, Trump brincou que o atual dirigente de cinco empresas não está muito ocupado e pode aceitar o cargo.
Musk respondeu no X que está “ansioso” para servir aos EUA, caso surja a oportunidade. Além disso, disse que “não é necessário pagamento, título ou reconhecimento”.
O dono da SpaceX já havia afirmado em um podcast, no dia 19 de agosto, que teve conversas com Trump sobre o assunto. Ele também pediu uma redução na taxa corporativa para 15%, que seria aplicável às empresas que fabricam seus produtos nos EUA.
Mais promessas de Trump
O candidato republicano também defendeu outras propostas para o mercado cripto, caso seja eleito em novembro. Por exemplo, ele prometeu reduzir as regulamentações. Disse que eliminaria um mínimo de 10 regulamentações antigas para cada nova regulamentação. Também concluiu com um aceno em tom de elogio:
“Em vez de atacar os setores do futuro, nós os abraçaremos.”
Além disso, Trump defendeu medidas protecionistas. Por exemplo, falou em impor tarifas de 10% a 20% sobre importações, além de taxas ainda maiores quando forem da China. Economistas já criticaram essa medida.
Foco na pauta econômica
No discurso de quinta-feira, Trump tentou focar na pauta econômica. Ele fez questão de reforçar que sua política econômica será diferente daquela de sua oponente do Partido Democrata, Kamala Harris.
Aliás, o candidato republicano está se aproveitando da insatisfação da população com a inflação e custo de vida no governo Biden. Segundo uma média de pesquisas, elaborada pelo site RealClearPolling, 58,6% dos americanos desaprovam o trabalho de Biden na economia.
Além disso, uma sondagem da rede pública NPR mostrou que 51% dos eleitores acham que Trump será melhor em questões econômicas. Por outro lado, 48% acham que Kamala será mais capaz.
Por fim, enquanto Trump discursava em Nova York, a candidata democrata desembarcava na Pensilvânia. Aliás, esse provavelmente será o estado mais decisivo na eleição de novembro, e já havia sido visitado pelo republicano um dia antes.
Kamala terá sua base na Pensilvânia para o primeiro debate entre os dois candidatos, no próximo dia 10. O debate será na Filadélfia, com transmissão pela rede ABC e duração de 90 minutos. Além disso, os dois candidatos ficarão em pé, sem anotações e sem público.
Atualmente, a corrida está acirrada, com muitos apostadores acreditando em Trump, apesar de Kamala seguir liderando as pesquisas.
Leia mais:
