Worldcoin sai de vários países devido à preocupações com privacidade e desafios tecnológicos

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A startup Worldcoin, que recebeu investimento da exchange de criptomoedas Coinbase, decidiu interromper as operações em pelo menos sete países como resultado da intensificação dos desafios logísticos que estão impactando os planos de lançamento da empresa.

A empresa está avançando em um projeto para distribuir criptomoedas para todas as pessoas do planeta, fotografando as íris de todos e criando imagens de seus olhos. Isso visa ajudar a Worldcoin a garantir que as criptomoedas sejam distribuída de forma justa. 

Até o momento, a startup conseguiu acumular imagens dos olhos de centenas de milhares de pessoas em cerca de 20 países, mas problemas com empreiteiros e reguladores locais, bem como desafios tecnológicos, recentemente forçaram a empresa a suspender seu trabalho em vários países, Bloomberg informou.

Alex Blania, cofundador e CEO da Worldcoin, disse em uma entrevista recente que os contratempos encontrados são resultado de “testes muito agressivos” para a startup que cresceu de 10 para 100 funcionários no ano passado.

“Você ainda está falando com uma empresa da Series A, não um Uber”, disse o executivo-chefe. “As coisas não são perfeitas.”

O empreendimento ambicioso da Worldcoin atraiu mais de US$ 1 bilhão em investimentos de várias empresas e investidores de peso, incluindo Andreessen Horowitz, o cofundador do LinkedIn Reid Hoffman e a filial de capital de risco da Coinbase. A equipe fundadora inclui o ex-chefe da incubadora de empresas Y Combinator do Vale do Silício, Sam Altman.

Apesar de sua força de trabalho modesta, a startup atua como guardiã de dados biométricos confidenciais coletados de cerca de 450.000 pessoas em todo o mundo, levantando questões sobre a capacidade da Worldcoin de garantir a suficiente proteção dos dados.

Três dos funcionários da empresa que pediram para não serem identificados disseram que a saída da Worldcoin de algumas regiões colocou seus contratados em uma posição estressante, forçando-os a lidar com usuários preocupados de que a startup escanearia seus olhos e sairia em seguida.

Enquanto isso, Blania afirma que, nas próximas semanas, sua empresa pretende abrir o código-fonte de uma parte significativa de seus projetos e protocolos de hardware em uma tentativa de permitir que “qualquer pessoa verifique nossa dedicação à privacidade e segurança dos usuários”.

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