Casal é indiciado por mineração ilegal de Bitcoin no RS

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retrospectiva dos 15 anos de mineração de criptomoedas

A Polícia Civil indiciou um casal responsável por duas mineradoras ilegais de criptomoedas no Rio Grande do Sul. O caso ocorreu em Canela, na Serra Gaúcha.

O homem e a mulher já haviam sido presos em flagrante na semana passada. Além disso, foram apreendidas três armas de fogo. O casal não tinha antecedentes criminais. No entanto, acabou preso.

As investigações sobre o caso terminaram na última sexta-feira (28). Segundo informações do jornal O Pioneiro, o indiciamento foi tanto pelo crime de furto de energia quanto pelo porte ilegal de arma.

Após decisão da justiça, o homem segue preso no Presídio Estadual de Canela. Por outro lado, a mulher já se encontra livre.

Foto: Divulgação/PCRS

600 máquinas para mineração a um valor de R$ 6 milhões


A prisão do casal ocorreu em meio a operações da Polícia Civil visando ao combate a fraudes.

As mineradoras estavam em dois endereços diferentes: uma casa do bairro São Lucas e um sítio da Linha São Paulo, ambos em Canela.

A prisão dos suspeitos ocorreu com a descoberta da estrutura na propriedade do bairro São Lucas, no dia 18 de junho. No entanto, um dia depois, a polícia encontrou o segundo endereço mais para o interior do município.

Segundo a polícia, as estruturas somavam juntas 600 computadores que tinham como finalidade a mineração de criptomoedas. Além disso, a avaliação total desses equipamentos é de R$ 6 milhões.

Mineração de criptos não é crime; furto de energia, sim


A mineração de criptoativos não é um crime por si só. Afinal, não são governos ou bancos que emitem moedas digitais como essas.

No entanto, estruturas como essa são ilegais devido à sonegação da energia elétrica. E ocorrências do tipo são bastante comuns em diversos países.

Afinal, o custo de energia para a mineração é muito elevado. Então, muitos criminosos desviam energia para tornar o negócio mais lucrativo.

Conforme informações da Polícia Civil, o casal vinha operando ininterruptamente com uma ligação irregular na rede local de energia. Além disso, a suspeita é de que isso já vinha ocorrendo há mais de um ano.

Segundo estimativas da distribuidora Rio Grande Energia (RGE), o consumo de energia não pago nos dois endereços pode ter chegado aos R$ 2 milhões ao longo desse período.

Investigação em parceria com a distribuidora de energia


O tamanho do prejuízo estimado pela RGE explica o envolvimento que a própria concessionária teve nas investigações do caso.

O setor de segurança corporativa da empresa colaborou com a Polícia Civil do Rio Grande do Sul durante o processo. Aliás, também esteve presente durante a operação, ajudando a identificar sinais de furto de energia — o popular “gato”.

Em seguida, a RGE ajudou a fornecer informações que ajudaram no indiciamento do casal. Inicialmente, a estimativa era de uma fraude de R$ 1,5 milhão em roubo de energia. No entanto, o valor aumentou após análises subsequentes.

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