Santander vai oferecer negociação de Bitcoin e Ethereum

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Santander vai oferecer negociação de Bitcoin e Ethereum
Imagem – Santander

O Santander Brasil anunciou na última terça-feira (25) a abertura de negociações de criptomoedas. O anúncio foi feito pela Toro Investimentos, que é a corretora digital do banco. Afinal, as negociações ficarão disponíveis por meio da plataforma da corretora.

A data para o início das negociações será anunciada em breve. No entanto, de acordo com o anúncio, apenas a compra e venda de Bitcoin e Ethereum estarão disponíveis inicialmente.

Além disso, em um primeiro momento, somente os clientes com o perfil de risco “arrojado” terão acesso a esse produto. Em seguida, o Santander oferecerá o serviço ao restante da sua base de clientes na corretora, que conta com mais de 1 milhão de usuários ativos.

Santander se junta a outros grandes bancos no universo cripto


A Toro já disponibiliza negociação em fundos negociados em bolsa (os chamados ETFs) baseados em criptomoedas. Já o anúncio das negociações em criptomoedas pelo Santander ocorre depois de três anos de estudos internos e análises de mercado.

Com isso, o Santander se junta a outros grandes bancos e plataformas de investimentos que disponibilizam negociações com criptomoedas para seus clientes do varejo. Por exemplo, Itaú, BTG Pactual, Inter e Nubank já fazem parte desse “clube” no Brasil.

Uma possível oferta de criptomoedas pelo Santander já era notícia desde o início do ano.

O que será necessário para negociar criptomoedas


A corretora do Santander explicou que os investidores com interesse nas negociações com criptomoedas precisarão entrar em uma lista de espera. Então, quando a opção estiver disponível, precisarão fazer um cadastro para começar as negociações.

O cliente ainda precisa preencher o “Questionário de Criptoativos”, que está disponível na área de “Investimentos em Criptoativos”. Também deve aceitar os “Termos e Riscos de Investimentos em Criptoativos”.

Por fim, o limite do valor para negociação será definido antes da primeira operação.

Três faixas de valores disponíveis


A Toro anunciou que serão três faixas de valores:

  • Até R$ 250 mil investidos ou 5% do seu patrimônio na Toro alocados em criptoativos;
  • Até R$ 500 mil investidos ou 10% do patrimônio na Toro alocados em criptoativos;
  • Até R$ 500 mil investidos ou 25% do patrimônio na Toro alocados em criptoativos.

Em todos os casos, o banco considerará o menor valor entre as opções.

Além disso, quanto à liquidez e custódia, a corretora informou que firmou parcerias com as empresas BitGo Trust Company, Inc B3 Digitas e Parfin.

A BitGo é uma empresa fiduciária de ativos digitais e de segurança. Por outro lado, a B3 Digitas é uma provedora de infraestrutura e solução para o ecossistema de criptoativos, apoiada pela B3.

Por fim, a Parfin é uma fintech que oferece uma plataforma modular para custódia segura de criptoativos, tokenização, negociação e gerenciamento.

Toro deverá oferecer mais criptomoedas no futuro


O fundador e presidente da Toro, João Resende, falou sobre a demora para a liberação das negociações com criptomoedas na plataforma:

“Queríamos ter certeza de oferecer um produto com toda a segurança necessária e foco educacional.”

Portanto, as infraestruturas de negociação, custódia e demais parceiros precisaram passar por vários crivos dentro da estrutura de tecnologia e conformidade do Santander.

Além disso, Resende informou que as negociações com Bitcoin e Ethereum da Toro são apenas “um primeiro passo”. Afinal, a corretora estuda oferecer outras moedas digitais, bem como tokens de ativos do mundo real (RWA, na sigla em inglês).

Anúncio reforça o crescimento dos ativos digitais no Brasil


O anúncio da entrada da Toro no mundo dos criptoativos acontece no contexto de um crescimento grande desse mercado no país.

Segundo uma pesquisa recém-lançada pela Coinbase, 55% dos brasileiros mostram disposição para ingressar nesse mercado. Além disso, a pesquisa mostra que 31% da população possui mais de 10% de seus investimentos em criptomoedas.

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