Maioria dos freelancers prefere receber pagamentos em criptomoedas
Uma pesquisa recente descobriu que 93% dos freelancers globais desejam incorporar criptomoedas e stablecoins em suas fontes de renda.
O estudo, realizado pela Zero Hash, em colaboração com a Lightspark, entrevistou 2.500 freelancers e contratados nos EUA, Brasil, Argentina, México e Emirados Árabes Unidos. A enquete revelou uma grande frustração entre os profissionais em relação aos métodos de pagamento tradicionais.
Muitos freelancers, ou seja, dois terços dos entrevistados, relataram enfrentar problemas com câmbio estrangeiro. Isso dificulta a aceitação de trabalhos de clientes de outros países devido às diferenças de moeda e câmbio.
A vasta maioria acredita que ser pago em criptomoeda resolveria esse problema. Isso também permitiria que trabalhassem com clientes de qualquer parte do mundo, segundo o estudo.
Zero Hash, in partnership with Lightspark, surveyed 2,500 freelancers and contractors from across the world and found freelancers are frustrated with traditional payments.
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— Zero Hash (@ZeroHashX) June 11, 2024
Freelancers globais adotam criptomoedas para pagamentos de assinaturas
Uma grande parcela de freelancers ao redor do mundo demonstra preferência por pagamentos em stablecoins ao invés de suas moedas locais, especialmente em países como Argentina e Emirados Árabes Unidos, onde mais de 80% dos freelancers optariam por elas.
Esses profissionais também mostram interesse em usar criptomoedas ou stablecoins para assinaturas de serviços. 81% afirmaram preferir, ou pelo menos desejar a opção, de pagar por serviços como Netflix, Spotify e ExpressVPN com criptomoedas.
Esse interesse é ainda mais acentuado em certos países, com destaque para Emirados Árabes Unidos (94%), Argentina (92%), México (89%) e Brasil (82%), que mostram uma demanda particularmente alta por assinaturas pagas com criptomoedas ou stablecoins.
Essa demanda é impulsionada por dois fatores principais. Um deles é a conveniência — 32% dos freelancers veem as criptomoedas como uma maneira de evitar as complicações de câmbio de moedas. A segurança é outro fator relevante, já que quase um terço dos freelancers acredita que as criptomoedas oferecem uma forma segura de receber pagamentos.
Freelancers exigem renda em tempo real e recorrem às criptomoedas
O desejo de usufruir de novas formas de pagamento surge da luta dos freelancers com pagamentos lentos. Taxas altas associadas aos métodos tradicionais também estão impulsionando os freelancers em direção às criptomoedas.
A pesquisa revelou que quase metade dos freelancers aguarda muito tempo para receber seus pagamentos. Um terço, ou 33%, espera de 3 a 5 dias e outros 15% esperam ainda mais. Esse atraso é um problema significativo. A maioria dos freelancers deseja seus pagamentos dentro de 24 horas, com quase metade desejando pagamentos em tempo real.
Esses pagamentos lentos perturbam o fluxo de caixa dos freelancers, a estabilidade financeira e a capacidade de reinvestir em seus negócios. Isso prejudica a capacidade deles de ganhar a vida. Como resultado, as criptomoedas, com seu potencial para transações mais rápidas, estão se tornando uma alternativa atraente.
Essa frustração não é apenas teórica — mais de um terço dos freelancers ao redor do mundo já receberam pagamentos em criptomoedas como Bitcoin, Ethereum ou USDC. Fica claro que as criptomoedas não são apenas um futuro desejado para pagamentos; elas já estão se tornando uma realidade para muitos freelancers.
Empresas internacionais adotam USDC para pagamento de funcionários
Uma pesquisa divulgada em março revelou uma tendência crescente entre empresas estrangeiras de oferecer criptomoedas, sobretudo USDC, como opção de pagamento para seus funcionários.
Isso indica que as criptomoedas estão ganhando espaço no mercado de trabalho global, mesmo que as próprias empresas ainda não estejam adotando-as completamente para todas as transações.
“Empresas frequentemente realizam pagamentos com cripto internacionalmente para simplificar transações transfronteiriças, mitigar flutuações de taxa de câmbio e/ou aproveitar considerações fiscais em certas jurisdições”, apontou o estudo.
Em contraste, as empresas nos Estados Unidos parecem mais cautelosas, com muitas optando por não participar dessas iniciativas cripto por enquanto.
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