Mercado de criptomoedas recupera mais da metade dos fundos roubados no 2º tri

Pedro Augusto
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O mercado de criptomoedas demonstrou grande resiliência diante das adversidades, alcançando uma taxa de recuperação recorde de 77% dos fundos roubados no segundo trimestre de 2024.

No segundo trimestre de 2024, dos US$ 512,9 milhões em criptoativos perdidos, US$ 347,4 milhões foram recuperados ou congelados, conforme indica o Relatório de Segurança Web3 da Hacken para o segundo trimestre de 2024.

“Por dois trimestres consecutivos, o ponto positivo, apesar da alarmante taxa de roubos no setor cripto, é a quantidade de fundos recuperados”, menciona o relatório.

“Desta vez, a indústria conseguiu recuperar mais da metade dos ativos visados por golpistas e hackers.”

Queda nos ataques de criptomoedas e nos fundos roubados


O relatório recente revelou que o segundo trimestre de 2024 registrou uma diminuição no número de ataques cibernéticos em comparação com o primeiro trimestre, com o total de incidentes caindo de 67 para 41. No entanto, apesar dessa tendência positiva, as perdas financeiras continuam sendo uma preocupação crítica, com as perdas do segundo trimestre atingindo US$ 512,9 milhões, quase igualando o total de perdas de todo o ano de 2023.

O tipo mais comum de ataque no segundo trimestre foi relacionado a falhas no controle de acesso, que, embora menos frequentes, resultaram nas maiores perdas financeiras. Por exemplo, o incidente com a DMM Bitcoin sozinho representou uma perda impressionante de US$ 305 milhões, destacando o impacto severo de falhas de segurança em plataformas de finanças centralizadas (CeFi).

Outros vetores de ataque notáveis incluíram ataques de empréstimos relâmpago, que somaram US$ 84,36 milhões, e golpes de rug pulls, resultando em US$ 23,1 milhões em perdas. As plataformas CeFi, apesar de sua segurança percebida, não foram imunes a violações significativas.

O ataque à Rain Exchange, devido a uma falha na segurança de chaves privadas, levou a uma perda de US$ 14,8 milhões. Além disso, projetos de tokens têm sido particularmente suscetíveis a ataques. Grande parte vem do seu rápido crescimento e da natureza complexa dos contratos inteligentes.

Muitos projetos novos priorizam lançamentos rápidos em detrimento de auditorias de segurança minuciosas, resultando em vulnerabilidades negligenciadas. A sofisticação das táticas de engenharia social também facilitou para os atacantes ganharem acesso a contas administrativas críticas e informações sensíveis.

Crescimento de golpes com criptomoedas na plataforma X


Golpes envolvendo criptomoedas têm se intensificado na plataforma X, com análises apontando que uma parcela significativa desses golpes ocorre através de perfis falsos nessa rede. A empresa Scam Sniffer, especializada em combater fraudes no universo web3 e presente no X, revelou que perde-se quase US$ 50 milhões mensalmente devido à falsificação de contas no X.com.

Esses problemas já existiam antes de Elon Musk assumir o controle da plataforma. No entanto, a confusão gerada pela nova política de verificação paga do proprietário tem contribuído para manter o público geral vulnerável a esses golpes de personificação. O serviço de verificação permite que qualquer pessoa com um smartphone se registre e tenha a verificação. Dessa forma, isso pode dificultar a distinção entre contas legítimas e fraudulentas.

Recentemente, Yi He, cofundador da Binance, expressou preocupações sobre a proliferação de golpes com criptomoedas no X. Por fim, ele questionou se Musk tomaria medidas para resolver o problema.

Da mesma forma, o rapper 50 Cent, cujo nome real é Curtis Jackson, foi vítima de um incidente de hacking em sua conta no X. Como resultado, utilizaram sua conta para promover uma moeda meme fraudulenta baseada na blockchain Solana.

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