Bitcoin em queda atinge menor valor em um mês aos US$ 63 mil

Pedro Augusto
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O Bitcoin (BTC) está enfrentando uma queda significativa nesta sexta-feira (21/06), atingindo US$ 63 mil, o menor valor desde 15 de maio. No cenário atual, os mineradores continuam a aumentar a oferta de Bitcoins no mercado, enquanto os fundos regulados de criptomoeda pausaram temporariamente a demanda pelo ativo.

Entre os fundos negociados em bolsa (ETFs) de Bitcoin à vista, foi registrado ontem um saldo líquido negativo de US$ 139,9 milhões. Este foi o quinto dia consecutivo de fluxos negativos para os ETFs. Os fundos que mais sofreram com essa onda de vendas de cotas foram o GBTC, da Grayscale, que registrou saídas de US$ 53,1 milhões, e o FBTC, da Fidelity, com retiradas totalizando US$ 51,1 milhões.

Bitcoin e Ether sofrem quedas enquanto mercado de cripto enfrenta volatilidade


Por volta das 10h (horário de Brasília), o Bitcoin registra uma queda de 3,2% em 24 horas, cotado a US$ 63.766. Já o Ether, moeda digital da rede Ethereum, apresentava uma redução de 2,6%, cotado a US$ 3.494, de acordo com dados do CoinGecko. O valor de mercado total das criptomoedas globais alcança US$ 2,45 trilhões. Em termos de real, o Bitcoin sofre uma desvalorização de 2,56%, atingindo R$ 349.533, e o Ether, uma queda de 2,09%, avaliado em R$ 19.127, segundo cotações do Mercado Bitcoin (MB).

Dentre as altcoins, a Solana (SOL) apresenta uma queda significativa de 5,1%, cotada a US$ 131,23. Já o BNB (token da Binance Smart Chain) recua 2,8%, avaliado em US$ 584,15 e a Avalanche (AVAX) diminui 1,9%, a US$ 27,54.

Ayron Ferreira, analista da Honey Island Capital, reportou que os mineradores de Bitcoin continuam vendendo suas criptomoedas após o evento do halving. Este ocorre a cada quatro anos e reduz pela metade a recompensa por minerar a moeda digital. Ele explica que o volume de BTCs enviados pelas mineradoras para as exchanges alcançou o maior nível em dois meses, refletindo uma queda nas receitas desses mineradores devido às menores taxas de transação.

É importante lembrar que a redução na quantidade de bitcoins emitidos a cada novo bloco descoberto pelos mineradores exige que a criptomoeda seja negociada a um preço mais elevado para manter a viabilidade da mineração.

Adicionalmente, Ferreira apontou que os detentores mais antigos e que possuem grandes quantidades de Bitcoin têm realizado lucros significativos, intensificando a pressão de venda no mercado atual. Ele também mencionou que o mercado está atento às movimentações de carteiras associadas ao governo da Alemanha. O país estaria operacionalizando cerca de 6.500 bitcoins apreendidos, provavelmente com intenções de venda.

Expectativa de alta para o Ether com novos ETFs à vista nos Estados Unidos


Tasso Lago, especialista em criptomoedas e fundador da Financial Move, utilizando análise técnica, indica que o Bitcoin pode descer para os patamares de US$ 58 mil a US$ 60 mil, que ele considera como excelentes níveis de suporte — preços que geralmente atraem compradores.

Lago também projeta que o mercado de criptomoedas ganhará um novo impulso com o lançamento dos primeiros ETFs de Ether à vista nos Estados Unidos. Ele espera que isso leve a uma performance positiva do Dther, alcançando e, eventualmente, ultrapassando a marca dos US$ 5 mil.

Por outro lado, o site Coindesk reporta que traders de derivativos de Bitcoin estão apostando em opções de compra para dezembro e março. Estas possuem valores-alvo de US$ 90 mil e US$ 100 mil. A QCP Capital, analisando esses movimentos, sugere que isso indica que o mercado pode estar encontrando seu ponto mais baixo. Como resultado, ele estaria se preparando para uma recuperação sustentada que poderia se estender até 2025.

Por fim, no cenário político, os irmãos Tyler e Cameron Winklevoss, fundadores da exchange Gemini, doaram US$ 1 milhão cada um para a campanha do candidato republicano à presidência dos EUA, Donald Trump. Eles criticaram o presidente atual, Joe Biden, por, segundo eles, ter declarado guerra ao mercado de criptomoedas nos últimos anos.

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