Hashdex quer lançar ETF misto de Bitcoin e Ether nos EUA

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Hashdex quer lançar ETF misto de Bitcoin e Ether nos EUA

A Hashdex pretende lançar um ETF misto de Bitcoin (BTC) e Ether (ETH) nos Estados Unidos. A gestora de criptoativos entrou com um pedido formal na última terça-feira (18).

Um fundo desse tipo, negociado em bolsa, ainda não existe no mercado americano. Portanto, seria um passo importante da Hashdex, que é uma empresa brasileira.

No entanto, a solicitação ainda tem que ser avaliada pela Comissão de Valores Mobiliários (SEC, na sigla em inglês) dos EUA.

Conforme explicou o analista de criptomoedas da Bloomberg, James Seyffart, a SEC tem até março de 2025 para dar uma resposta.

ETFs de Bitcoin já estão entre os melhores investimentos


Segundo o pedido da gestora, a divisão entre as duas criptomoedas nas aplicações do ETF levará em conta as capitalizações de mercado de cada um dos ativos.

Além disso, haverá uma proporcionalidade bem definida entre as duas criptomoedas. Portanto, serão mais investimentos em Bitcoin do que no Ether.

Aliás, em janeiro deste ano, a SEC aprovou os primeiros ETFs de preço à vista do Bitcoin. Desde então, eles estão entre os fundos com melhor performance no mercado americano.

Afinal, eles vêm atraindo bilhões em investimentos. Por exemplo, em maio deste ano, bateram o recorde de 850 mil unidades sob gestão de um grupo de 11 fundos.

Além disso, no mesmo mês, o órgão gestor aprovou as primeiras solicitações de lançamento de ETFs de Ether. No entanto, esses fundos em específico ainda não foram lançados no mercado.

A Hashdex foi uma das gestoras que lançou ETF à vista de Bitcoin nos EUA este ano. O fundo de índice Hashdex Bitcoin (DEFI) começou a ser negociado em março e já conta com 17.831 unidades de BTC. Isso equivale a US$1,1 bilhão.

Por fim, a proposta de um ETF misto pela Hashdex conta com dois custodiantes de ativos: as empresas Coinbase e BitGo. Para Seyffart, a proposta da gestora brasileira faz todo o sentido, se considerarmos as aprovações recentes da SEC e as operações da empresa no Brasil.

Proposta é replicar o principal ETF da gestora no Brasil


Apesar das recentes aprovações da SEC, o mercado brasileiro de ETFs é mais maduro do que o americano.

Afinal, os primeiros fundos de preço à vista de Bitcoin foram aprovados já em 2021 pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Além disso, desde aquele ano, a CVM já aprovou diferentes tipos de estrutura de fundos.

A Hashdex é uma das gestoras que já têm ETFs multiativos, quer dizer, com exposição a mais de uma criptomoeda. Portanto, a ideia da gerenciadora é replicar nos EUA a estrutura do HASH11, que é seu principal ETF no Brasil.

O ETF HASH11 segue o Nasdaq Crypto Index. Além disso, tem uma composição com cerca de 65% de ativos em Bitcoin (BTC), 25% em Ether (ETH) e 10% em outras criptomoedas.

Por exemplo, entre esses 10% de outras moedas, estão: Solana (SOL), Ripple (XRP), Cardano (ADA), Chainlink (LINK), Litecoin (LTC), Polygon (MATIC) e Avalanche (AVAX), entre outras.

Por fim, no pedido à SEC, a Hashdex afirma que não haverá investimento em outro token a não ser Bitcoin e Ether. Isso porque nenhuma das outras criptomoedas foi aprovada pela SEC para negociação por meio de veículos regulados.

No entanto, o pedido da Hashdex também mantém aberta a possibilidade de, futuramente, incluir outras criptomoedas que tenham ETFs aprovadas pela SEC.

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