O que é economia aplicada a tokens ou Tokenomics?

A economia é a ciência que estuda os recursos. Também estuda a criação de riqueza e a produção, bem como a distribuição e consumo de bens e serviços para satisfazer as necessidades humanas. Esse conceito se aplica igualmente a projetos de criptomoeda.

Muitos pensam que o preço de uma criptomoeda ou token é dado apenas especulativamente e pela lei da oferta e demanda. Embora em primeira instância isso seja verdade, há outros elementos fundamentais que devem ser levados em consideração.

Assim, o que se conhece como Tokenomics está ligado à tecnologia blockchain e o que se busca é criar um ecossistema com regras claras ou “políticas monetárias” que dêem sustentabilidade a uma criptomoeda, projeto ou token. Como o resultado convencerá os usuários ou investidores a entrar nele.

Alguns dos elementos que definem essa economia de tokens são:

Inflação ou deflação

Esse primeiro conceito é muito fácil de entender porque é vivido no dia a dia e afeta diretamente o bolso das pessoas.

Um token inflacionário é aquele que não tem limite de emissão e geralmente começa com um preço alto. Quanto mais entram em circulação, menos valem até atingir um preço de equilíbrio ou, na pior das hipóteses, perdem valor ao longo do tempo, como acontece com moedas de curso legal em países como Argentina ou Venezuela.

Por sua vez, um token deflacionário é aquele que tem uma emissão fixa, ou seja, sabe-se qual será a quantidade total de dinheiro em circulação. Em geral, seu preço sobe à medida que atinge seu total circulante e, posteriormente, é reavaliado pela lei da oferta e da demanda (é um bem escasso que muitas pessoas desejam).

Os exemplos mais claros para entender isso: Ethereum (ETH), que é inflacionário porque não tem limite de emissão; e Bitcoin (BTC), que é deflacionário, já que desde sua criação foi pré-estabelecido que só pode haver 21 milhões.

Fornecedor

Um conceito que está intimamente ligado à seção anterior tem a ver com o número de tokens em circulação, bem como a distribuição e seu total. Isso é muito importante saber para saber em que estágio do projeto você está.

No último relatório da CRYPTOCITY Research, eles explicaram com bastante clareza:

  • Fornecimento circulante: A quantidade de criptomoedas que o projeto tem atualmente em circulação.
     
  • Fornecimento total: significa o número total de criptomoedas que o projeto estabeleceu atualmente na blockchain, independentemente de estarem em circulação ou não. Por exemplo, no caso do Bitcoin (BTC) a circulação hoje é de aproximadamente 19 milhões e sabe-se que serão 21 milhões.
  • Fornecimento máximo: É a aproximação da quantidade máxima de criptomoedas que existia – no caso de ter sido retirada de circulação (queimada) – ou existirá durante a vida útil da criptomoeda.

Conforme mencionado acima, é importante saber como foi feita a distribuição dos referidos tokens, bem como se ocorreu ou ocorrerá uma queima (retirada de circulação).

Em muitos casos, parte dos tokens é distribuída entre a equipe de desenvolvimento; outras destinam-se a entregar a aliados estratégicos, também a premiar os primeiros investidores, como acontece com as ações de uma empresa tradicional.

Como exemplo geral, um projeto poderia ter estipulado que distribuirá seus tokens de maneira semelhante, conforme mostrado no gráfico a seguir:

 

Utilitário de token

Dentro de um projeto, os detentores de um token podem ter a opção de cumprir diferentes funções. O exemplo mais claro é a chamada governança, quem decidir manter esse token dentro de um projeto poderá votar em futuras mudanças ou melhorias. Assim como acontece na diretoria de uma empresa.

Roteiro e equipe de desenvolvimento

Por último, mas não menos importante, cada projeto geralmente tem um roteiro ou roteiro onde as etapas a serem desenvolvidas, atualizações futuras, etc. são especificadas em uma linha do tempo. Nada mais é do que mostrar aos futuros investidores todos os planos futuros.

Quanto à equipe de desenvolvimento, é fundamental fazer pesquisas nas redes sociais e na internet para conhecer um pouco quem são as pessoas envolvidas. Se você tem liderado outros projetos ou conhece a reputação que eles têm no mundo das criptomoedas.

Como sempre recomendado, você tem que fazer sua própria pesquisa sobre cada projeto que deseja entrar para abordá-lo e investir com o maior conhecimento possível.

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