Stripe, gigante de pagamentos online, volta a aceitar cripto

Pedro Augusto
| 2 min read
Stripe, a gigante de pagamentos online, volta a aceitar criptos em seus serviços
John Collison, cofundador da Stripe

A Stripe marcou seu retorno ao universo das criptomoedas ao reintroduzir a opção de pagamentos nesse formato, após um intervalo de seis anos. A empresa agora permite que comerciantes recebam pagamentos em USDC utilizando as blockchains Solana, Ethereum e Polygon.

Esse movimento estratégico sinaliza a reentrada significativa da Stripe no mercado de transações cripto desde que se afastou do Bitcoin em 2018, motivada pela alta volatilidade da moeda.

Nas próximas semanas, a Stripe lançará a integração que habilitará os usuários a aceitar pagamentos em USD Coin por meio de seu sistema de checkout. Segundo a empresa, as transações realizadas em USD Coin serão convertidas instantaneamente para moeda fiduciária.

Stripe agora irá permitir integração com provedores concorrentes


Em 2022, a Stripe reintroduziu os pagamentos em criptomoeda no mercado, facilitando transações em USDC, embora ainda não tenha avançado para permitir pagamentos com outras criptomoedas. A expansão, anunciada pelo cofundador John Collison, indica uma integração mais profunda das criptomoedas em seus sistemas de pagamento.

Collison destacou, com uma pitada de humor, as melhorias na eficiência e no custo das transações, fazendo uma comparação positiva com a duração e o custo dos filmes de Christopher Nolan. Ele afirmou que a Stripe está reintroduzindo os pagamentos em cripto, desta vez optando pelas stablecoins, que oferecem uma experiência de usuário superior.

Além disso, o anúncio serviu para ressaltar a estratégia da Stripe de diversificar suas ofertas. Uma das novidades mais importantes é a permissão para os clientes integrarem provedores de pagamento concorrentes no ecossistema de serviços financeiros da Stripe. Essa iniciativa faz parte de um esforço mais amplo para tornar a plataforma mais aberta, contrastando com sua história de integração seletiva.

A abordagem da Stripe em relação às criptomoedas demonstra um equilíbrio cuidadoso entre inovação e a manutenção de sua reputação como uma entidade confiável no setor financeiro. No último ano, a empresa processou transações que somaram US$ 1 trilhão e possui uma avaliação de mercado de US$ 65 bilhões.

stripe

Histórico da Stripe com as criptomoedas


A Stripe mergulhou pela primeira vez no universo das criptomoedas em 2014 ao experimentar com o Bitcoin, a primeira grande criptomoeda. Os parceiros iniciais de teste destacaram o papel crucial da Stripe, considerando a divergência do Bitcoin das características monetárias tradicionais.

No entanto, até 2018, a empresa descontinuou essas atividades, apontando a volatilidade e instabilidade da criptomoeda. A companhia observou que o Bitcoin tinha se tornado mais um ativo do que um meio de troca, devido aos limites atingidos no tamanho dos blocos, o que o tornava menos prático para pagamentos.

Em junho de 2019, à medida que o Facebook intensificava suas iniciativas em cripto, a Stripe juntou-se como um dos membros fundadores do projeto Libra. Contudo, a participação da Stripe foi breve. Já em outubro de 2019, a empresa retirou seu apoio, embora tenha manifestado interesse contínuo em projetos que promovam a acessibilidade do comércio online global, como o Libra, permanecendo aberta a futuras colaborações com a Associação Libra.

Três anos depois, em uma reentrada no setor de criptomoedas, a Stripe fez parceria com o Twitter para implementar pagamentos em stablecoin (USDC). O futuro do compromisso da Stripe com essa nova empreitada permanece incerto, enquanto a empresa continua avaliando a viabilidade e o cronograma de seus esforços relacionados às criptos.

Leia mais: