Bitcoin tenta se recuperar após cair para faixa dos US$ 56 mil, o menor valor desde fevereiro

Pedro Augusto
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Bitcoin

O Bitcoin (BTC) registrou uma leve alta nesta quinta-feira (02/05) após uma queda significativa de 15% em abril e uma redução adicional de 4% ontem, quando o valor recuou para abaixo dos US$ 60 mil, atingindo sua menor cotação desde fevereiro.

A criptomoeda alcançou o patamar de US$ 56.643, marcando o nível mais baixo desde o dia 27 de fevereiro, quando negociava a US$ 54.464. No cenário atual, destaca-se que todos os fundos negociados em bolsa (ETFs) de Bitcoin à vista apresentaram um saldo líquido negativo nas bolsas americanas na última sessão, acumulando uma saída recorde de US$ 563,7 milhões entre os fundos.

Esses resgates em fundos de Bitcoin parecem demonstrar um cenário “um pouco catastrófico”


É importante destacar que, desta vez, os resgates de ETFs não foram lideradas pelo GBTC, o fundo da Grayscale que foi transformado em ETF. O fundo registrou saques que superaram os depósitos em US$ 167,4 milhões, mas não apresentou o pior desempenho entre os ETFs. O FBTC, da Fidelity, teve uma retirada líquida ainda maior, totalizando US$ 191,1 milhões. Até o IBIT, da BlackRock, que nunca havia registrado uma saída líquida antes, ontem registrou uma retirada de capital de US$ 36,9 milhões.

André Franco, chefe de análise do MB, interpreta essa saída líquida mais intensa nos últimos dias, com todos os fundos exibindo fluxos negativos, como um cenário um pouco preocupante para o Bitcoin. No entanto, ele sugere que isso também pode indicar uma capitulação dos investidores tradicionais, que geralmente têm menor tolerância à volatilidade das criptomoedas. Franco acredita que isso pode preparar o terreno para uma possível recuperação futura do mercado.

Por volta das 9h30, horário de Brasília, o Bitcoin apresentava uma alta de 1% nas últimas 24 horas, negociado a US$ 58.685. Já o Ether, moeda digital da rede Ethereum, subia 2,2%, cotado a US$ 2.988, segundo dados do CoinGecko. O valor de mercado combinado de todas as criptomoedas do mundo alcançava US$ 2,32 trilhões. Em termos de conversão para a moeda brasileira, o Bitcoin valorizava 0,47%, alcançando R$ 305.305. O Ether registrava um aumento de 1,14%, cotado a R$ 15.488, conforme valores fornecidos pelo MB.

O “Copom dos EUA” mantém a taxa de juros inalterada


No mercado das altcoin, a Solana (SOL) registrou um aumento significativo de 10,6%, negociada a US$ 137,62. Além disso, o BNB, token da Binance Smart Chain, apresentou uma alta de 1,2% alcançando US$ 562,03, enquanto a Avalanche (AVAX) cresceu 4,5%, cotada a US$ 33,71.

No âmbito macroeconômico, o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) decidiu ontem manter as taxas de juros nos EUA entre 5,25% e 5,5% ao ano. Isto indica não haver previsão de redução dos juros até que haja uma confiança de que a inflação esteja convergindo para a meta de 2% ao ano. Por sua vez, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, comentou que um esfriamento do mercado de trabalho americano poderia incentivar o início de um ciclo de relaxamento monetário.

Por fim, especialistas consultados pelo site “MarketWatch” interpretaram as declarações como uma abertura para a possibilidade de corte nos juros já na reunião de julho. No entanto, eles consideram improvável que o início da flexibilização monetária ocorra em setembro, dada a proximidade com as eleições presidenciais americanas.

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