Parlamento brasileiro deve votar projeto de lei para regulamentar criptomoedas

Tim Alper
| 3 min read

Um ambicioso projeto de lei de um membro privado que busca regular o mercado de criptomoedas brasileiro pode ser aprovado pelo Congresso Nacional antes do final do primeiro semestre deste ano – com a votação importante marcada para a terça-feira da próxima semana.

O projeto original foi de autoria do senador Flávio Arns, do Partido Podemos, e já foi aprovado no Senado. Ele também foi fundido com um segundo projeto de lei de criptomoedas que foi previamente aprovado pelo Comitê de Assuntos Econômicos do Senado. O segundo projeto foi de autoria do senador Irajá Abreu.

Globo informou que o Congresso espera que o projeto de lei combinado seja aprovado até junho, e Abreu foi citado dizendo:

“Ao unir [os projetos], aceleramos a aprovação desse marco de criptomoedas. Há uma demanda do mercado por um ambiente de negócios mais seguro e a necessidade de classificações criminais que busquem prevenir fraudes. [Isso] também deixará o Brasil atualizado com acordos internacionais [sobre regulamentação de criptomoedas].”

O projeto de lei propõe a criação de um “registro” de políticos e servidores públicos para ajudar a combater a lavagem de dinheiro com criptoativos.

No entanto, nem todos parecem estar satisfeitos com o rápido progresso do projeto no sistema legislativo. Alguns senadores pediram mais tempo e consultas mais amplas antes da votação.

Mas seus arquitetos afirmaram que haveria espaço para “melhorias” em uma data posterior. Em vez disso, eles alegaram que tanto os participantes do mercado quanto o Banco Central (o banco central) aderiram aos pedidos de lançamentos regulatórios mais rápidos.

Os termos do projeto de lei buscam definir criptoativos como “um tipo de dinheiro totalmente digital que é emitido por agentes privados, vendido exclusivamente pela internet”.

O projeto deixa claro que, embora as moedas não sejam consideradas ilegais, elas claramente “operam fora das regras dos negócios e do setor financeiro brasileiro” – com penas de prisão obrigatórias para novos crimes de fraude relacionados a criptomoedas.

Como tal, as exchanges e corretoras de criptomoedas serão regulamentadas, mas não a ponto de comprometer a “empresa e a concorrência” livres, alegaram os autores.

Como tem sido o caso em muitos outros países, as exchanges de criptomoedas – bem como corretoras e provedores de carteiras – seriam obrigadas a separar seus ativos e os de seus clientes, gerenciar riscos, garantir a segurança de dados confidenciais de clientes e responder a um órgão regulador nomeado pelo governo.

Mas, criticamente, os arquitetos falaram em criar um “procedimento simplificado para obtenção de licenças de operação” – uma sugestão de que eles querem evitar situações, como tem sido o caso de países como o Japão, em que as empresas são obrigadas a esperar meses por seus pedidos de licença para serem considerados.

O projeto de lei também inclui vários incentivos para mineradores de criptomoedas, incluindo incentivos fiscais de importação para importadores de hardware de mineração.

____

Leia Mais:

Starbucks pretende entrar em negócios NFT

Cerca de 50% dos proprietários de criptomoedas ​​fizeram sua primeira compra em 2021 – Gemini