PeckShield alerta para aumento de fraudes com criptomoedas

Killian A.
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Um relatório divulgado pela empresa de segurança cibernética PeckShield chama a atenção para números e valores dos furtos recentes de criptomoedas. A divulgação dos dados atraiu a atenção, já que as ações de hackers são recorrentes e alertam o mercado. Cada vez mais, a preocupação com sistemas de segurança é pauta, visando evitar que criptomoedas sejam roubadas.

Os valores roubados das carteiras dos investidores podem assustar.

De acordo com a PeckShield, hackers roubaram US$ 336,3 milhões em criptomoedas no primeiro trimestre de 2024. Deste total, as autoridades recuperaram aproximadamente US$ 100 milhões. Elas realizaram a operação de resgate após um caso de roubo por hacker que ocorreu em março.

A PeckShield ainda afirma que, apesar dos números altos e do registro de prejuízos consideráveis, há um bom índice de resolução dos casos. Cerca de 52,8% das criptomoedas roubadas foram devolvidas para os donos.

Relatório da PeckShield aponta para diminuição das ações dos hackers em março – números ainda são maiores que de janeiro


A empresa de segurança cibernética PeckShield divulgou seu relatório em primeiro de abril. O documento revela que, só em março, o mercado sofreu mais de trinta ataques, resultando em subtrações que ultrapassam os US$ 187,29 milhões.

Do total apresentado no relatório, recuperaram-se cerca de US$ 98,8 milhões. Isso aconteceu depois que o autor decidiu devolver as criptomoedas, depois de uma negociação bem sucedida.

Uma queda significativa caracteriza os dados no número de ataques de hackers registrados, especialmente quando se comparam as violações com as de fevereiro deste ano. Nesse caso, hackers roubaram mais de US$ 360 milhões no segundo mês de 2024. Especialistas consideram esses valores alarmantes.

No entanto, os números de março ainda são maiores do que os registrados em janeiro. Naquele mês, os furtos registrados alcançaram a marca de US$ 182,5 milhões. O número é alto, especialmente por ser um período de menor movimentação do mercado.

Relatório da PeckShield aponta os principais incidentes do mês de março


Os furtos de criptomoedas nem sempre vêm a público, principalmente para evitar minar a confiança nas criptomoedas. No entanto, a PeckShield divulgou os principais incidentes de março.

No primeiro deles, conhecido como “hack Munchables”, a PeckShield classificou este evento como o mais significativo em termos de valores. O relatório indica que a maioria dos valores recuperados provém dessa ação. No dia 26 de março, hackers atacaram NFTs na rede Blast, resultando inicialmente em perdas estimadas de US$ 62 milhões. No entanto, em 27 de março, identificaram o hacker como um dos desenvolvedores da Munchables, o que levou à devolução dos valores sem um pedido de resgate.

O Prisma Finance sofreu o segundo maior roubo, com os hackers retirando valores em torno de US$ 11 milhões em 28 de março. O protocolo financeiro suspendeu as atividades para investigar o incidente. Já identificaram o hacker e as negociações para recuperar os valores estão em andamento. Apesar de o caso ainda estar aberto, existem possibilidades de recuperação dos valores roubados.

Já em 24 de março, o contrato inteligente MakerDAO da Curio na rede Ethereum foi violado. As perdas iniciais foram estimadas em US$ 16 milhões. Contudo, o relatório da PeckShield aponta que os valores podem chegar a US$ 40 milhões, tornando este roubo o segundo maior do mês de março.

Outro grande roubo aconteceu na plataforma NFprompt, que conta com apoio da Binance. Na ocasião, a empresa sofreu acessos não autorizados, resultando em perdas de cerca de US$ 10 milhões. Por último, o relatório aponta a retirada de cerca de US$ 8,5 milhões da exchange descentralizada WooFi. O caso ainda está sendo apurado.

Dados compilados das fraudes e ações de hackers no primeiro trimestre de 2024


A PeckShield divulgou um estudo dos ataques cibernéticos. No documento, estão compilados os dados de fraudes e roubos do primeiro trimestre do ano. Os resultados do estudo sugerem a ocorrência de um prejuízo estimado em mais de US$ 336,3 milhões. Esses números representam uma diminuição considerável nas ações fraudulentas. Isso porque no último período de 2023 foram percebidas retiradas de cerca de US$ 437,5 milhões.

Além disso, as informações disponíveis apontam a ocorrência de cerca de 46 invasões de hackers e 15 casos de fraude durante os últimos 3 meses. Nesses casos, dois projetos tiveram perdas mais significativas, sendo que o projeto Orbit Bridge sofreu a maior perda, na véspera do ano novo. O relatório ainda aponta que o número de ataques diminuiu cerca de 17,6% considerando o mesmo período do ano passado.

As ações de hackers também são as principais responsáveis pelas perdas. As ações representam 95,6% dos casos registrados. Já as fraudes e golpes representam 4,4% dos registros, correspondendo a um total de US$ 14,7 milhões.

Além disso, a rede Ethereum figura como a blockchain mais visada. A segunda rede mais procurada pelos hackers é a BNB, da Binance. Juntas, as duas redes atraíram 73% das perdas totais registradas. Apenas a Ethereum registrou 33 incidentes registrados, respondendo por 51% das perdas totais. Já a BNB teve 12 ataques registrados, com cerca de 22% dos fundos retirados.

Por fim, outras redes também foram alvo de violações. Foram registradas ações na rede Arbitrum, Solana, Optmism, Bitcoin, Blast, Polygon, Conflux Network e Base. Por causa de roubos e fraudes no setor, existem discussões sobre a segurança das criptomoedas. Portanto, os dados são importantes, principalmente para apontar as falhas das redes.

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