CEO do JPMorgan Chase diz que Bitcoin é um “esquema de pirâmide público”

Pedro Augusto
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Jamie Dimon, CEO do JPMorgan Chase, maior banco dos EUA, voltou a estar no centro das atenções ao fazer críticas contundentes ao Bitcoin (BTC). Em uma entrevista recente, Dimon descreveu a criptomoeda líder como um “esquema Ponzi público descentralizado”. Essa afirmação reforça seu ceticismo de longa data em relação ao BTC.

As severas críticas de Dimon têm origem em sua convicção de que o Bitcoin não possui valor intrínseco, o que, segundo ele, impede que a criptomoeda seja considerada uma moeda viável.

“Sempre afirmei que o Bitcoin é uma fraude”, disse ele durante a entrevista concedida à Bloomberg.

CEO do JPMorgan Chase já é conhecido por seus ataques ao Bitcoin


Jamie Dimon já havia expressado sua opinião crítica sobre o Bitcoin antes, ganhando destaque em 2017 ao classificar publicamente a criptomoeda como uma fraude e prever que ela acabaria entrando em colapso.

Em uma audiência no Senado dos EUA no final de 2023, Dimon chegou a afirmar que, se dependesse dele, ele “fecharia” as criptomoedas. No entanto, apesar de suas críticas, o executivo reconhece o potencial da blockchain, a tecnologia subjacente às criptomoedas. Ele valoriza, em particular, as aplicações de recursos como os contratos inteligentes.

Durante suas declarações, Dimon admitiu que, enquanto as criptomoedas aproveitam algumas funcionalidades da blockchain, elas podem ter valor. Os contratos inteligentes, por exemplo, são códigos na blockchain que funcionam como acordos autoexecutáveis, disparando ações automaticamente quando condições específicas são cumpridas. Dimon vê valor nos possíveis usos desses contratos em áreas como o gerenciamento da cadeia de suprimentos, transações financeiras e propriedade de imóveis.

Bitcoin e suas opiniões mistas

As falas de Jamie Dimon destacam uma divisão contínua nas percepções sobre o Bitcoin. Os entusiastas das criptomoedas valorizam sua natureza descentralizada, seu potencial como proteção contra a inflação e seu papel emergente no setor financeiro. Por outro lado, os críticos apontam para a volatilidade extrema do Bitcoin e de outras criptomoedas, além dos casos passados de fraude e exploração, como fatores desfavoráveis.

Analistas do JPMorgan Chase continuam estudando o Bitcoin todos os dias


Por fim, o executivo destacou que os bancos têm o papel fundamental de manter e transferir o dinheiro das pessoas, além de conduzir pesquisas. No entanto, apontou que a Apple, apesar de ser uma parceira, vem se tornando uma concorrente ao iniciar a oferta de serviços bancários.

Jamie Dimon, por sua vez, não vê o Bitcoin como uma ameaça, o que poderia ser um equívoco de sua parte. Apesar dessa visão, os analistas do seu próprio banco, o JP Morgan, continuam analisando o Bitcoin diariamente. A título de exemplo, nesta quinta-feira (18/04), o banco expressou preocupações com o halving do Bitcoin, indicando uma possível queda nos próximos dias.

Em suma, enquanto o CEO do JP Morgan mantém seu desinteresse pelo Bitcoin, outros bancos estão se movimentando na direção oposta.

Recentemente, o Banco do Brasil e o BTG Pactual foram listados entre os 30 maiores detentores do ETF de Bitcoin da BlackRock. Além disso, o Landesbank Baden-Württemberg (LBBW), o maior banco estatal da Alemanha, anunciou que começará a oferecer serviços de compra e custódia de Bitcoin.

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