Concurso da Caixa Econômica Federal passa a exigir conhecimentos em Bitcoin e blockchain

Pedro Augusto
| 2 min read

Caixa EconômicaA Caixa Econômica Federal (CEF), reconhecida como um dos principais bancos públicos do Brasil, inovou ao incorporar uma exigência peculiar para os candidatos em seu mais recente concurso público. Agora, é necessário possuir conhecimentos aprofundados em Bitcoin, criptomoedas e blockchain.

Essa nova demanda vem como parte dos critérios de seleção para o preenchimento de 4 mil vagas ofertadas pelo banco, das quais 3.200 são destinadas a contratações imediatas.

Embora a CEF não desempenhe um papel direto no comércio de criptoativos, a instituição financeira sinalizou sua ambição de desbravar novos horizontes no setor digital. E dará enfoque especial no Drex e na economia digital emergente que se apoia em contratos inteligentes.

Concurso da CEF oferecerá 1600 vagas imediatas


Dominar o assunto sobre criptoativos tornou-se um requisito essencial para os candidatos às 2 mil vagas disponíveis para o cargo de técnico bancário. O edital lançado destaca que, do total de vagas, 1.600 são para contratação imediata, enquanto as 400 restantes são para formar um cadastro de reserva.

As oportunidades estão distribuídas por todo o território nacional, abrangendo os 26 estados. Para além dos conhecimentos exigidos sobre criptomoedas, os interessados na seleção devem estar atualizados sobre o Pix e o Drex, a moeda digital do Banco Central do Brasil. O Drex, atualmente em fase de testes, tem previsão de lançamento até o final de 2024.

Remuneração e carga horária

Os candidatos selecionados para a posição de técnico bancário receberão uma remuneração inicial de R$ 3.762, com a possibilidade de alcançar até R$ 5.575,54. Esse valor total inclui um auxílio-alimentação de R$ 1.014,42 e uma cesta-alimentação de R$ 799,38, conforme estabelecido pelo último acordo vigente desde setembro de 2022.

Para as posições de nível superior, como as ocupadas por médicos e engenheiros, o salário inicial será de R$ 11.186 e R$ 14.915, respectivamente. Com os auxílios adicionais, esses valores podem chegar a R$ 12.999,80 e R$ 16.728,80.

Além do salário inicial e dos auxílios para alimentação, os profissionais aprovados também terão acesso a uma série de benefícios, entre eles o vale-transporte, assistência à saúde, previdência complementar e um auxílio-creche no valor de R$ 602,81.

A jornada de trabalho será de 30 horas semanais, distribuídas em seis horas diárias. Os benefícios complementares abrangem assistência à saúde, previdência complementar e o auxílio-creche/babá. Para mais informações, recomenda-se consultar o edital completo.

Outros concursos públicos já exigiam conhecimento sobre blockchain desde 2019


A solicitação por conhecimentos em blockchain e criptomoedas vem se tornando algo frequente nos concursos públicos brasileiros. A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) pioneiramente introduziu essa exigência em 2019, durante o processo de contratação de novos docentes para suas variadas graduações.

Em seguida, o Itamaraty, órgão máximo das relações exteriores brasileiras, adotou uma postura similar em 2020. A instituição começou a solicitar conhecimento em criptoativos aos candidatos ao Instituto Rio Branco, renomada escola de formação de embaixadores e diplomatas brasileiros. Desde sua implementação, o domínio sobre criptomoedas tornou-se um requisito em todos os processos seletivos conduzidos pelo Itamaraty.

Além disso, a partir de 2021, conhecimentos relacionados a ransomware e malwares, que operam com exigências de pagamentos em Bitcoin, passaram a ser cobrados em diversos concursos por todo o país.

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