Halving do Bitcoin – Para onde vai o BTC após a queima?
Uma das grandes dúvidas do momento diz respeito ao futuro do Bitcoin. Especialmente para o período posterior ao próximo halving que ocorrerá nos próximos dias. O evento é aguardado com ansiedade por investidores do ativo e demais criptomoedas, pois há chances de que os impactos sejam sentidos em todo o mercado. Existem diversas análises possíveis do atual cenário, com projeções e especulações de todas as ordens.
No entanto, o futuro do BTC pode ser bastante diverso. Com isso, alguns detalhes precisam ser considerados como, por exemplo, os valores da mineração e demais dinâmicas do mercado.
Afinal de contas, o halving é um evento pré-programado que ocorre aproximadamente a cada quatro anos. O evento é definido pela queima do fornecimento de tokens pela metade, gerando impacto no preço, nas recompensas de mineração, isso tem reflexos em todas as outras criptomoedas e investimentos.
Halving deve impactar na mineração e no lucro dos mineradores
A mineração é uma das atividades mais importantes do mercado. Isso porque é por meio dessa tarefa que são resolvidos os cálculos matemáticos complexos responsáveis por cunhar blocos das redes. Com essas resoluções, as transações ocorridas na blockchain são validadas e novas moedas são criadas.
Além dos valores altos associados à atividade, as recompensas de mineração são reduzidas pela metade a cada novo período de halving. Hoje, a atividade sofre uma baixa de adesão. Os equipamentos para minerar são caros, há um consumo muito elevado de energia não renovável e os pequenos mineradores acabam não conseguindo competir com as grandes empresas do setor.
Uma das críticas é precisamente que a maioria dos mineradores atuais é de grandes empresas com muito poder econômico. Além disso, muitas dessas grandes empresas exploram recursos naturais de países de terceiro mundo, especialmente da África.
Embora haja uma preocupação com o halving devido à redução das recompensas, o que pode impactar especialmente os mineradores de pequeno porte, o cenário pode ser reversível. Há uma chance de que a atividade se torne mais eficiente após o halving deste ano. Isso porque os entusiastas da atividade tiveram quatro anos para se preparar para o evento. Ou seja, existe a possibilidade de que as plataformas tenham incorporado recursos adicionais que possibilitem o aumento da produtividade com menores gastos.
O hash do BTC não deve ter uma queda tão acentuada quanto esperado
Segundo o CEO da Hashlab Mining, a queda do hash de mineração não deve ser tão preocupante. Para ele, após o halving, essa taxa deve ficar apenas 10% menor do que o esperado. Com isso, novos mineradores devem se sentir encorajados para explorar o mercado e trabalhar na rede.
O aumento de preço esperado para o período posterior ao halving também deve determinar um aumento da procura por mineração. Ao acumular BTC, os mineradores podem acumular riquezas e aumentar seus rendimentos com base no aumento de preço do token. Ou seja, um dos atrativos pode ser a possibilidade de conseguir ativos suficientes para garantir rendimentos.
Além disso, o halving deve ser responsável por mudar significativamente a dinâmica de preços do BTC. Isso já aconteceu nos eventos passados e deve ser a tendência do atual cenário. Isso porque as criptomoedas seguem as tendências de oferta e demanda. Ou seja, quanto menos tokens estiverem em circulação, maior deve ser o preço pelo aumento da procura.
Projeções de preço do BTC após halving
Algumas previsões mais otimistas apontam que o token pode chegar a custar mais de US$ 120 mil ainda neste ano de 2024. Além disso, alguns analistas afirmam que o token pode chegar até US$ 250 mil até o final de 2025.
“If we look at historical performance, with every cycle the multiple on the all-time is getting lower. So if we apply this reasoning it could be 2x to 3x what we saw in the previous cycles, so let’s say around $120,000 to $180,000 per unit.”
CEO of @AcheronTrading about BTC
— Keemi3s (@keemi3s) April 1, 2024
Pode parecer exagero, mas esses valores são possíveis especialmente pelo atual cenário do mercado. Depois do final do chamado inverno cripto, o mercado em geral teve um aumento significativo. Alguns tokens apresentaram um rendimento de até 700%. Esse desempenho chamou a atenção dos investidores para outros ativos, além do Bitcoin. O próprio BTC teve um rendimento de mais de 130% no último ano. Esses números indicam que as projeções de mercado podem ser mais otimistas.
O halving também foi responsável por esse crescimento. Isso porque a ansiedade em torno do token aumenta em determinadas circunstâncias, como é o caso desse evento. Os investidores costumam acumular mais ativos esperando o aumento de preços. Com os impulsos que ocorrem após o halving, esse crescimento pode ser ainda maior.
Dinâmica de preço atual do Bitcoin
Há uma certa surpresa no atual preço do BTC. Depois de um bom período custando mais de US$ 70 mil, o valor do ativo está abaixo de US$ 63 mil no momento da redação do artigo. Um dos motivos para o caráter inesperado desse desempenho é que o halving está previsto para acontecer no dia 20 de abril. Ou seja, ainda nesta semana.
Só nos últimos dias, o preço do token caiu mais de 10%, o que se deve à quantidade de tokens vendidos com a proximidade do halving. Isso pode ter acontecido por causa de algumas projeções pessimistas que surgiram recentemente. Alguns especialistas divulgaram opiniões menos favoráveis para o BTC, indicando que o preço após halving pode não ser tão alto.
Neste cenário, os mineradores podem reverter o quadro de baixa pré-estabelecido no momento. Isso porque a atividade pode ter um papel central na circulação de tokens BTC e ainda impulsionar o preço vendendo os tokens minerados no mercado convencional. Além disso, a atividade pode manter a estabilidade da rede, aumentando a confiança de investidores que estão receosos com o halving.
Além disso, alguns especialistas estão apontando o BTC como uma espécie de saída para a estabilidade da economia. Isso porque, por se tratar de um ativo descentralizado, o BTC não sofre com ações governamentais e impactos normais das moedas centralizadas, indicando que os ativos podem ser muito mais estáveis e seguros.
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