Novo projeto de lei dos EUA pode exigir que mineradores de cripto relatem emissões de gases de efeito estufa

Gabriel Gomes
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Nos EUA, legisladores pertencentes ao Partido Democrata apresentaram um projeto de lei que, se aprovado, exigirá que os mineradores de criptomoedas que usam mais de 5 MW de energia informem quanto emitem de gases causadores do efeito estufa.

O projeto de lei em questão, cujo nome pode ser traduzido como Lei de Transparência Ambiental dos Criptoativos, foi apresentado pelo senador Ed Markey e pelo representante (equivalente a um deputado federal) Jared Huffman, mas teve também assinatura de outro democrata, o senador Jefferson Merkley, que se tornou co-sponsor (apoiador ou co promotor) da medida.

Projeto tem apoio de entidades ambientalistas

Em um comunicado à imprensa que pode ser lido em seu site, o senador Markey afirmou que o projeto que apresentou, o qual tem apoio de entidades ambientalistas como o Sierra Club e o Seneca Lake Guardian, além de exigir que os mineradores revelem as emissões de gases do efeito estufa por que são responsáveis, também determinará que a Agência de Proteção Ambiental realize um estudo abrangente dos efeitos da mineração de criptomoedas nos Estados Unidos.

Para o legislador, que preside o Subcomitê de Ar Limpo, Clima e Segurança Nuclear do Comitê de Meio Ambiente e Obras Públicas do Senado, o projeto é um importante passo para que seja compreendida a real extensão dos efeitos da atuação dos mineradores de criptomoedas sobre o ambiente e sejam atribuídas a eles as devidas responsabilidades.

Markey lembrou que Nova Iorque recentemente se tornou o primeiro estado americano a adotar uma moratória no uso de combustíveis fósseis na mineração de criptomoedas. Jared Huffman, que preside o Subcomitê de Água, Oceanos e Vida Selvagem do Comitê de Recursos Naturais da câmara baixa do Legislativo estadunidense, também emitiu um comunicado à imprensa. 

Nele, afirmou que a atuação de ricas companhias de mineração de criptomoedas mina os esforços sendo feitos contra a Mudança Climática, ao pôr lucros delas acima das possibilidades da energia limpa, além de ameaçar a segurança da rede elétrica e provocar aumentos de tarifas energéticas, que as famílias de classe trabalhadora terão que pagar.

Aqui está o texto da Lei de Transparência Ambiental dos Criptoativos (em inglês).

O comunicado do Senador Markey citou a opinião de Scott Faber, Vice-Presidente Sênior de Assuntos Governamentais do Grupo de Trabalho Ambiental (uma organização não-governamental que combate leis e práticas danosas ao Meio Ambiente ou à saúde humana) sobre criptoativos como o Bitcoin.

Segundo Faber, o desperdício de energia é inerente a ativos digitais como o Bitcoin, que usa o método de consenso proof-of-work. A produção deles, explica, exige cada vez mais eletricidade em um momento em que é importante que usemos a energia de formas cada vez mais eficientes.

Setor cripto já apresenta soluções para as questões climáticas

Apesar do pesado impacto das exigências energéticas de criptomoedas como o Bitcoin sobre o Meio Ambiente, outras podem ajudar no combate à Mudança Climática. Um exemplo é o IMPT, token concebido para ser usado na compra de créditos de carbono, que podem ser listados para venda por quem os adquirir.

Dessa forma, simplifica-se o processo de investimento em créditos de carbono, que são um elemento fundamental nos esforços de transição para energia limpa, e coloca-se a serviço da credibilidade do processo a segurança e a transparência proporcionadas pela tecnologia blockchain.

Além disso, o IMPT não é minerado. Ele é emitido pela plataforma IMPT.io e deverá ter um suprimento total não superior a 3 bilhões de tokens. Atualmente, o IMPT acabou de terminar a sua pré-venda, que arrecadou o equivalente a mais de US$ 16 milhões de dólares do ativo. Em 14 de dezembro deste ano, a criptomoeda passará a ser listada em três exchanges, Changelly Pro e LBank, que são centralizadas, e a Uniswap, que é descentralizada.
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