Token Base alcança TVL de US$ 4 bilhões e transações superam Ethereum e Arbitrum

Killian A.
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A rede de segunda camada da Coinbase, Base, alcançou TVL de US$ 4 bilhões. Esses dados são dos últimos sete dias, período em que o mercado se manteve mais aquecido.

O crescimento do TVL da rede Base foi de 13,2% na última semana. Os valores de transações na rede superaram a Ethereum e a Arbitrum no último mês, suas principais rivais de mercado. Atualmente, a Base é a terceira maior rede de segunda camada da Ethereum, ficando atrás apenas da Optimism e da Arbitrum.

O TVL é o valor total bloqueado na rede, o qual, basicamente, corresponde à quantidade de fundos em uma rede descentralizada. Atualmente há uma disputa no mercado, com várias redes tentando se estabelecer como a melhor solução para Ethereum e também a melhor blockchain escalável.

Dados mostram que a rede Base pode estar tendo um bom desempenho


Números atualizados no dia 7 de abril indicam que o TVL total da rede Base foi de US$ 4,15 bilhões. Desse total, US$ 1,45 bilhão ficaram bloqueados diretamente na rede Ethereum para depois entrarem na rede Base. Já US$ 2,7 bilhões, por exemplo, vieram a partir de tokens nativos, cunhados diretamente na rede Base.

TVL total da Base. Fonte: L2BEAT

Levando em consideração as cinco maiores redes escaláveis de segunda camada da Ethereum, a Base teve o melhor desempenho dos últimos dias. O serviço da Optmism, por exemplo, teve uma perda de TVL de 9,1%. A infraestrutura de rede da Arbitrum perdeu 5,5% e a Blast cerca de 2,4%.

Neste cenário, as transações médias por segundo registradas na Base aumentaram 29,7% na última semana. Apenas considerando o último dia, houve uma média de 35,19 transações por segundo. Esse número é ainda mais elevado que os valores registrados em duas das rivais juntas, a Arbitrum e a Ethereum. Elas tiveram uma média de 16,61 e 13,91 transações por segundo, respectivamente.

Popularidade da rede Base atraiu golpes


O token Base ganhou popularidade nos últimos meses, atraindo especialmente investidores interessados em memecoins promissoras. Junto com os novos investidores e recordes de TVL vieram os hackers e golpistas. Essa é uma realidade do mercado, especialmente diante do aumento dos casos.

De janeiro a março deste ano, a rede Base registrou um aumento de 18 vezes no número de golpes de phishing bem sucedidos. Os golpistas tiveram sucesso na subtração de mais de US$ 3,35 milhões apenas no mês passado. O próximo passo da Base deve ser trabalhar a segurança, tentando evitar que os golpistas continuem tendo êxito nas fraudes aplicadas contra os investidores.

A rede Base pode se beneficiar das falhas da rede Ethereum


Os desenvolvedores da rede Ethereum têm colocado seus esforços no desenvolvimento da blockchain para melhorar a capacidade de processamento de dados. No dia 13 de março, uma atualização chamada Dencun entrou em vigor, visando reduzir as taxas de translação da segunda camada da Ethereum. Acontece que as coisas não saíram como esperado.

A atualização Dencun não teve o desempenho que era necessário para resolver os problemas da Ethereum. Começando pela implementação que apresentou falhas e gerou uma demora maior do que prevista para ser instalada. Segundo os desenvolvedores, o problema ocorreu devido à baixa participação dos validadores na atualização. Aparentemente, o problema se resolveu depois de alguns dias no ar. No entanto, mesmo com uma melhora pela atualização, a rede ainda teve um desempenho pior que suas concorrentes.

Falhas de instalação de atualização são comuns. No entanto, quando acontece na maior rede escalável do mercado acende alertas. Isso faz com que a atenção dos investidores prestem atenção em redes menores e com melhor desempenho ou sem histórico de falhas, como é o caso da Base.

Aproveitando essas falhas, as redes de segunda camada como Base podem crescer bastante. Especialmente levando em conta o atual cenário altista do mercado. Isso porque os especialistas apontam que a capitalização das redes escaláveis pode chegar a US$ 1 trilhão até 2030.

 O que é a rede Base da Coinbase?


Que a Coinbase é uma das grandes exchanges do mercado, todo mundo sabe. Mas agora a gigante também tem sua própria blockchain escalável de segunda camada. A rede da Base é construída da mesma maneira que a Ethereum L2, visando oferecer segurança, estabilidade e escalabilidade para os usuários. Dessa forma, os usuários podem potencializar os aplicativos on-chain e também aproveitar os benefícios financeiros.

A principal função de uma rede de segunda camada baseada em Ethereum é diminuir os valores e as taxas das transações. A Base consegue executar bem esse papel e possibilita que os valores sejam transferidos em frações de segundo. As taxas são reduzidas graças aos contratos inteligentes da rede.

O token surgiu para ser um facilitador de acesso para outros produtos. Por isso, os desenvolvedores oferecem um ecossistema considerado aberto, possibilitando que qualquer pessoa consiga construir e escalar a rede. Além disso, os usuários podem aproveitar as ferramentas de desenvolvedor fornecidas no ecossistema, aumentando a capacidade de criação.

Não é só isso, os valores de transação para quem quer apostar nos produtos Ethereum também são atrativos. Os desenvolvedores oferecem um mundo de oportunidades, com valores até dez vezes menores que a Ethereum.

A rede Base conta com a reputação da Coinbase, que tem uma história de sucesso no mercado. A corretora foi fundada em 2012 e atualmente tem seu capital aberto na bolsa Nasdaq, sendo a primeira exchange do mercado a entrar na bolsa de valores.

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