Um cliente que foi retirado de uma padaria em São Paulo por estar utilizando um notebook é preso em operação contra fraude de criptomoedas

Um cliente, que havia sido notícia por ser expulso de uma padaria em Barueri, São Paulo, por usar seu notebook, acabou preso temporariamente pela Polícia Federal.

A prisão ocorreu durante a Operação Fast. voltada para o combate a uma suspeita de fraude envolvendo criptomoedas. O empresário Allan Barros, detido em Curitiba, é o foco desta operação.

Iniciada na terça-feira, 27/02, a Operação Fast tem como objetivo desmantelar uma organização criminosa acusada de realizar golpes no sistema financeiro utilizando criptomoedas e NFTs (Tokens Não Fungíveis). Este grupo operava a partir de Balneário Camboriú, localizado no Litoral Norte de Santa Catarina.

Em defesa de Barros e da Unimetaverso Gestão de Ativos Digitais e Marketing LTDA., o advogado Leonardo Dechatnik afirmou por meio de uma nota que nem o empresário nem sua empresa foram alvos de processos judiciais movidos por investidores.

Operação contra fraude de criptomoedas


A Polícia Federal (PF) lançou a operação Fast, focada em desmantelar um grupo criminoso com sede em Balneário Camboriú desde 2022. Em suma, este grupo é suspeito de aplicar golpes financeiros por meio da oferta de uma criptomoeda própria.

Esta criptomoeda prometia retornos financeiros superiores aos do mercado através de parcerias empresariais fictícias. Estima-se que cerca de 20 mil pessoas, tanto no Brasil quanto no exterior, foram vítimas dessas fraudes, resultando em perdas totais de aproximadamente R$ 100 milhões.

Para atrair e enganar novas vítimas, os criminosos promoveram o lançamento desta criptomoeda durante uma Feira de Criptoativos em Dubai. O motivo seria para tentar dar uma falsa legitimidade ao negócio. O delegado Maurício Todeschini revelou que, apesar de a criptomoeda efetivamente existir, ela era inegociável.

O esquema prometia aos investidores a possibilidade de uso de cartões e operações com uma instituição financeira, promessas essas que não se concretizavam.

Os investidores, incapazes de movimentar seus ativos digitais, enfrentavam um beco sem saída. Diante das promessas não cumpridas de lucratividade exorbitante, as vítimas recorreram à Polícia Federal. A PF, por meio de seu canal oficial de recebimento de denúncias sobre esquemas de pirâmides financeiras, iniciou a investigação que culminou na operação Fast.

Relembrando o caso da expulsão da padaria


A Polícia Civil de Barueri, na região metropolitana de São Paulo, iniciou uma investigação sobre um incidente de violência em uma padaria local, ocorrido em 31 de janeiro. Surpreendentemente, o episódio teve início quando o proprietário do estabelecimento, Silvio Mazzafiori, de 65 anos, irritou-se com o cliente, Barros, de 32 anos, por ele estar usando um notebook no local.

Como resultado, em um momento de fúria, Mazzafiori tentou agredir Barros com um pedaço de madeira. No entanto, durante a tentativa, tropeçou, caiu e então pessoas presentes rapidamente o imobilizaram. Por fim, após o incidente, o dono da padaria ainda proferiu uma série de ameaças contra Barros, uma cena capturada em vídeo pelo próprio cliente.

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