Ministério da Fazenda reduz previsão da inflação para 3,5% em 2024

Pedro Augusto
| 2 min read

inflação

A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda anunciou, por meio do Boletim Macrofiscal, uma revisão para baixo na projeção da inflação oficial para 2024. Houve um ajuste de 3,55% para 3,5%. Paralelamente, a expectativa de crescimento do PIB para o mesmo período se mantém estável em 2,2%.

Sobretudo, a estimativa atual do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) está alinhada à meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para o ano, de 3%. Em suma, a meta admite uma variação de 1,5 ponto percentual, tanto para mais quanto para menos. Isso estabelece um intervalo de tolerância que vai de 1,5% a 4,5%. Para o ano de 2025, ajustou-se a previsão da SPE para a inflação de 3% para 3,1%.

A revisão da projeção de inflação para baixo se deve, em parte, ao impacto menos intenso que o esperado do fenômeno El Niño sobre os preços dos alimentos, do etanol e das tarifas de energia elétrica.

A SPE também destacou que os reajustes recentes nos preços controlados pelo governo foram inferiores aos antecipados. Os custos de licenciamento e emplacamento de veículos, além das tarifas de energia elétrica, foram os menos reajustados.

Economia internacional ajuda a manter a inflação


A queda na inflação dos serviços teve um papel fundamental na revisão para baixo da projeção da inflação. Além disso, a conjuntura econômica global tem sido um fator de contenção da inflação, beneficiando-se especialmente do excesso de capacidade ociosa na China, o que mantém os preços dos bens industriais sem alteração.

No que diz respeito ao Produto Interno Bruto (PIB), a SPE manteve sua projeção de crescimento em 2,2% para 2024. Ela sustenta a visão de uma expansão mais balanceada da economia. Espera-se que esta expansão ocorra pelo avanço de setores cíclicos e pelo aumento do consumo interno.

Importante ressaltar, esta previsão foi realizada em 13 de março, antes da divulgação dos dados que mostraram um crescimento mais robusto do que o previsto nos setores de comércio e serviços.

Ajustes nas projeções de crescimento

Embora a expectativa para o crescimento econômico como um todo se mantenha inalterada, ocorreram ajustes nas projeções de crescimento por setor produtivo.

Além disso, as expectativas para a agropecuária também sofreram ajustes. Em resumo, partiram de um crescimento de 0,5% para uma contração de 1,3%, refletindo principalmente uma revisão para baixo nas previsões da safra de 2024. Em contraste, as projeções para o setor de serviços foram ajustadas para cima, de 2,2% para 2,4%, e a projeção para o crescimento da indústria foi levemente elevada de 2,4% para 2,5%.

Leia mais: