82% dos milionários buscam conselhos sobre cripto à medida que o Bitcoin sobe

Killian A.
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O mercado de criptomoedas e outros ativos digitais é um nicho cada vez mais em evidência, e a criação de novos projetos está a todo vapor, especialmente depois que o mercado entrou em declínio, o que está sendo popularmente chamado de inverno cripto.

Mesmo com uma pluralidade de projetos, o Bitcoin sempre será a referência de criptomoeda de sucesso. Isso porque, o ativo segue sendo a criptomoeda mais comprada e com maior capitalização do mercado digital. Além disso, o BTC tem um papel importante para outros projetos. Um exemplo do cumprimento da função social do BTC é a recente ajuda que o ativo deu para salvar um parque ecológico na África através da atividade da mineração do BTC.

Além disso, qualquer alteração no preço do Bitcoin tem impactos em todo o mercado, gera uma chuva de análises e projeções e pode influenciar significativamente uma série de carteiras e investimentos, tanto de menor valor quanto investimentos de grande monta.

Foi justamente sobre a adoção do Bitcoin e seus impactos que um estudo recente publicado pela deVere Group versou recentemente. A descoberta do deVere Group está relacionada com investidores de alto poder aquisitivo. Segundo o estudo, cerca de quatro em cada cinco investidores com alto valor de patrimônio líquido demonstram interesse em comprar criptomoedas para compor seus investimentos.

O que diz o estudo da deVere Group?

A deVere Group é uma empresa que atua no ramo de consultoria financeira voltada para investidores que têm um alto índice patrimonial. A empresa recentemente decidiu publicar um estudo feito com seus clientes, nele, estão contidas informações sobre as intenções de investimentos de grande parte deles.  

Segundo o deVere, mesmo com um cenário desafiador para as criptomoedas em 2022, cerca de 82% dos investidores da empresa estão pensando em investir em criptomoedas. Em especial, esse investimento é pensado especialmente para compra do Bitcoin.

A carta de clientes da deVere, que foram ouvidos nessa pesquisa, é composta por indivíduos que têm a disposição ativos para investimentos que variam entre US$ 1,2 milhão e US$ 6,1 milhões. O estudo afirma que esses investidores estão cada vez mais procurando consultoria no campo financeiro. O estudo, que foi divulgado no último dia 30 de janeiro, afirma que essa procura aumentou consideravelmente nos últimos 12 meses. 

Segundo o CEO e fundador do deVere Group, Nigel Green, o grupo pesquisado pode ser considerado “normalmente mais conservador”. Por isso, ele acredita que a preferência dos entrevistados pelo Bitcoin se deve ao fato do ativo ser aceito globalmente, considerado sem fronteiras e descentralizado, além de inviolável.

Esse não é o primeiro estudo do deVere Group nesse sentido, e nem o primeiro que demonstra haver um grande interesse em investir em criptomoedas por parte de investidores com alto capital disponível para investimento.

No ano de 2020, a deVere publicou um estudo semelhante, onde constava que quase 73% dos 700 indivíduos entrevistados já investiam ou estavam buscando investir em criptomoedas em um futuro próximo, precisamente antes do final de 2022. Nesse mesmo sentido, os dados divulgados mostravam que cerca de 68% dos milionários globais estavam investindo ou tinham planos de investir em criptos até o final de 2022.

O relatório também aponta um interesse por parte das instituições financeiras declaradamente tradicionais, como, por exemplo, o banco estadunidense JP Morgan, em oferecer investimentos em criptomoedas para seus clientes. Segundo o CEO da deVere, isso é um bom sinal para o mercado. Esse movimento tem acontecido no Brasil também. Diversos bancos tradicionais, como o Banco do Brasil, Itaú Unibanco e Bradesco já buscam oferecer opções ligadas às criptomoedas para seus clientes.

Ainda segundo Nigel Green, essa procura por informações e pela compra do Bitcoin deve aumentar consideravelmente entre os milionários à medida que o inverno cripto vai chegando ao fim. Para ele, a mudança nas condições econômicas mundiais e no sistema financeiro global também podem impulsionar esse movimento.

Green afirma ainda que acredita que o Bitcoin está no seu melhor caminho nesse começo de ano. Isso porque, há uma esperança de que o pico da inflação já tenha sido atingido, que as políticas monetárias sejam mais favoráveis no futuro e que as crises do setor diminuam, deixando o pior cenário do setor cripto para trás.

Somado a melhora do cenário do mercado de ativos digitais, vemos uma melhora significativa no preço do Bitcoin, que teve uma recuperação impressionante de até 40% apenas no primeiro mês do ano. Esse definitivamente não deve ser um fato que vai passar despercebido pelos clientes, especialmente aqueles que têm um patrimônio considerável para investir e estão de olho em oportunidades para o futuro.

Vale lembrar que, segundo um relatório publicado em 13 de dezembro pelo banco JPMorgan Chase, cerca de 13% da população norte-americana, englobando um contingente de mais de 43 milhões de pessoas, possui ou possuíram algum tipo de criptomoeda em algum momento das suas vidas. Ainda segundo a instituição, esse número é muito maior do que os 3% registrados em pesquisas anteriores, precisamente no ano de 2020.

Sobre a deVere Group

A deVere Group é uma administradora de ativos financeiros com sede nos Emirados Árabes. A empresa fundada em 2002 conta agora com mais de 97 empresas em sua composição, sendo todas empresas jurídicas espalhadas por quase todo o mundo. Dentre os serviços oferecidos pela empresa estão uma ampla gama de serviços financeiros, incluindo assessoria, gerenciamento de patrimônio, banco de investimentos e gerenciamento de ativos com base em fintechs.

Segundo dados divulgados em site da própria deVere, os valores da empresa abarcam o objetivo de ser um solucionador de problemas no mundo real. A deVere busca prestar um serviço focado na dedicação ao cliente e ao alcance de resultados, com excelência e inovação.

Na América Latina, a deVere está em atuação apenas no México por enquanto, o que deve abrir as fronteiras para uma maior presença em outros países da América do Sul muito em breve. 

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