Mineração de Bitcoin recebe Impulso de Energia Hidrelétrica na América Latina

Tim Alper
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O futuro do Bitcoin (BTC) e da mineração de criptomoedas pode envolver um afastamento do carvão e da Ásia – e em direção à energia hidrelétrica na região da América Latina, com uma usina de energia da Costa Rica agora alimentando eletricidade para “centenas” de plataformas de mineração.

Embora a mineração de criptomoedas ainda seja uma indústria de nicho na América Latina, o cenário está mudando rapidamente para os mineradores, que foram instruídos a fechar suas plataformas na China no ano passado e enfrentaram sérias interrupções nas regiões do Leste Europeu e da Ásia Central, como o Cazaquistão, Geórgia, Kosovo, Abkhazia e Rússia.

O Bitcoin também foi rotulado como um grande poluidor por ativistas ambientais, que o acusam de ser intensivo em carbono.

Mas há sinais de que tudo isso pode estar mudando. A Reuters informou que “mais de 650 máquinas de 150 clientes” agora “operam sem parar a partir de oito contêineres” recebendo energia de uma usina hidrelétrica próxima ao rio Poas.

A usina é de propriedade de uma empresa hidrelétrica dirigida por Eduardo Kooper, cuja família opera uma empresa chamada Data Center CR no local da usina. A Reuters observou que a empresa possui três usinas avaliadas em US$ 13,5 milhões, com capacidade combinada de 3 Megawatts.

Kooper vendia a eletricidade de sua empresa para a rede há três décadas, mas foi forçado a “reinventar” o negócio durante a pandemia de coronavírus quando “o governo parou de comprar eletricidade” devido “ao excesso de fornecimento de energia”.

Ele foi citado explicando:

“Tivemos que pausar a atividade por nove meses e, exatamente um ano atrás, ouvi falar sobre bitcoin, blockchain e mineração digital. Eu estava muito cético no começo, mas vimos que esse negócio consome muita energia e temos um excedente.”

Esse ceticismo inicial parece ter mudado rapidamente para entusiasmo – e viu o Data Center CR investir US$ 500.000 em inovações de hospedagem de mineração.

E o chefe do Data Center CR acrescentou que “os mineradores internacionais de criptomoedas estão procurando energia limpa e barata e uma conexão de internet estável, que a Costa Rica tem de sobra”.

Quase toda a energia do país é aproveitada de fontes renováveis, cerca de 72% da qual vem de usinas hidrelétricas, segundo dados do Centro Nacional de Controle de Energia (relatados pela TicoNews no mês passado).

Kooper aconselhou o estado da Costa Rica a seguir sua liderança e “ser mais agressivo na tentativa de atrair mais negócios de mineração de criptomoedas”.

No Paraguai, o Senado aprovou um projeto de lei que busca legalizar e regular o setor de mineração de cripto e busca converter grande parte da energia hidrelétrica excedente do país em eletricidade para mineradores de cripto.

E em El Salvador, o governo começou a trabalhar em um “vulcão” – um projeto de mineração de Bitcoin alimentado por energia geotérmica aproveitada de vulcões.
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