Dívida dos EUA bate recorde de US$ 34 trilhões e ameaça a economia do país

Killian A.
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O ano de 2024 iniciou com uma enorme ameaça à economia dos Estados Unidos, com dados da dívida americana divulgados em janeiro. Isso porque a taxa de endividamento da sua população está maior do que nunca. Dificuldades econômicas enfrentadas pela população em 2023 e outros fatores de média e longa duração explicam o fenômeno que causa enorme preocupação.

O Departamento do Tesouro dos EUA emitiu uma nota para informar o valor atualizado da dívida. O espantoso marco dos US$ 34 trilhões foi ultrapassado. Essa é a maior taxa de débito da história daquele país. A notícia causou espanto na população e deve impactar o mercado de investimentos em razão do caráter global do dólar.

Mais detalhes sobre a grande dívida dos EUA

Os Estados Unidos da América comprometeram com dívidas um valor correspondente a 120% de todo o seu PIB. Ou seja, dividindo a dívida pela quantidade de habitantes, o país deve um valor proporcional a US$ 100 mil por cada cidadão norte-americano. Mas não se trata apenas da dívida pública. A taxa de endividamento pessoal também está aumentando rapidamente.

Essa dívida acumulada é resultado de uma série de ações tomadas pelos governos norte-americanos. Para cobrir a dívida pré-existente, os EUA passaram a adquirir fundos por meio de emissão de títulos do tesouro nacional. Contudo, a emissão de títulos de baixo custo produziu um imprevisto efeito bola de neve. Em razão disso, a dívida estatal se elevou para patamares que ultrapassaram as estimativas de planejamento.

Após a pandemia de Covid-19, o país mobilizou seu órgão responsável por operacionalizar as principais ações econômicas, tais como alterar taxa de juros e emitir moeda. O Federal Reserve foi acionado para implementar uma série de ações, inclusive a elevação da taxa de juros. Contudo, as tentativas de solução foram piores do que o problema e o cenário de crise se agravou.

O aumento da taxa de juros no país não apenas foi insuficiente para resolver o problema econômico. Essa alteração dos juros aumentou a dívida pública, encareceu os empréstimos e afetou os preços das hipotecas e financiamentos. Essas modificações acarretaram impactos profundos e diretos no custo de vida da população.

A crise chama a atenção de outros países e do mercado de investimentos

Ao divulgar dados sensíveis sobre a atual saúde financeira, os Estados Unidos atrai a atenção do mundo. Hoje, o país é a maior economia mundial, seguido de perto pela China. O dólar americano ainda é a moeda fiduciária mais importante em circulação. O principal motivo para sua relevância é sua aceitação quase universal.

Com a possibilidade de que o dólar tenha uma redução brusca de valor, começam as especulações em torno de investimentos descentralizados. O Bitcoin volta a ser pauta de análises e especulações, indicando que a economia descentralizada pode se consolidar e superar a economia centralizada.

Essa é uma discussão antiga. Historicamente, o BTC impulsiona novos mercados. Quando a economia centralizada sofre impactos, há sempre uma esperança de que o mundo tome o caminho da descentralização de moedas. O Bitcoin, por ser a mais expressiva criptomoeda do mercado, surge como moeda padrão de substituição.

Resultado da crise e dívida dos EUA no mercado de investimentos

Não é apenas no campo da economia que os investimentos descentralizados entram em pauta quando novas crises têm início. O setor de investimentos é sempre afetado por decisões governamentais, especialmente vindo dos Estados Unidos.

Isso porque, até o momento, o país mantém sua posição de autoridade regulamentadora das criptomoedas. Um papel que se deve ao estabelecimento das principais empresas em seu território. Sua relevância indica que os EUA também constituem o maior mercado de investimentos. Tanto pelo número de investidores, quanto pela criação de novos investimentos. Por isso, todas as decisões tomadas pelos Estados Unidos no setor do mercado digital têm resultados imediatos mundialmente.

Quando o Federal Reserve decidiu aumentar as taxas de juros no ano passado, empresas ligadas ao mercado cripto decretaram falência. A principal motivação para o pedido de quebra foi o aumento dos custos e dos riscos para obter e fornecer empréstimos. Ou seja, a limitação da atuação das empresas por conta da decisão de elevar a taxa de juros.

Da mesma forma, o mercado deve sentir uma retração nos investidores varejistas. Com o aumento do endividamento da população, a população em geral deixará os investimentos para o segundo plano. É de se esperar que a população norte-americana priorize o suprimento das necessidades básicas e o pagamento das dívidas recorrentes.

Em contrapartida, com o enfraquecimento da economia, investidores com mais recursos poderão priorizar a aquisição de ativos digitais, tais como criptomoedas. Com a instabilidade do sistema financeiro centralizado, investimentos alternativos devem receber maior atenção. Neste cenário, as moedas com maior capitalização, como Bitcoin, Ethereum e outras altcoins, devem atingir novos patamares de valorização em 2024.

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