Câmara dos EUA avança com projeto para banir o TikTok do país

Pedro Augusto
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Câmara dos EUA avança projeto para banir o TikTok do país

O governo chinês anunciou que tomará “todas as medidas necessárias” para defender os interesses de suas empresas no exterior. Essa declaração, feita nesta quinta-feira (14/03), veio em resposta à aprovação, pela Câmara de Representantes dos Estados Unidos, de um projeto de lei que exige que o TikTok se desvincule de seu grupo proprietário chinês para evitar ser banido no país.

He Yadong, porta-voz do Ministério do Comércio da China, criticou a ação dos Estados Unidos, apelando ao país para respeitar os princípios da economia de mercado e da concorrência justa. Yadong enfatizou a necessidade de os Estados Unidos cessarem a repressão injusta contra as empresas estrangeiras.

Autoridades americanas afirmam que o governo chinês utiliza o TikTok para espionagem


Além disso, o porta-voz anunciou que Pequim está preparada para adotar todas as medidas necessárias para proteger com firmeza seus direitos e interesses legítimos.

Ademais, ele acrescenta dizendo que esperava que Washington oferecesse um ambiente aberto, justo, equitativo e livre de discriminação para as empresas estrangeiras poderem investir e operar nos Estados Unidos.

Em suma, por meses, o TikTok tem sido objeto de escrutínio pelas autoridades americanas. Ele sofre acusações de permitir espionagem e manipulação dos 170 milhões de usuários nos Estados Unidos por parte do governo chinês. No entanto, a empresa veementemente rejeita essas acusações.

TikTok deve se desvincular de sua empresa-mãe na China, a ByteDance


A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos deu sinal verde a uma proposta legislativa que exige do TikTok a separação de sua empresa-mãe chinesa, ByteDance. A medida estipula que, sem cumprir tal exigência, o aplicativo de vídeos será banido da economia norte-americana.

O projeto agora segue para o Senado, onde se espera um cenário de maior oposição, dada a percepção de alguns legisladores de que a ação pode ser excessivamente severa.

Wang Wenbin, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, criticou a aprovação da proposta pela Câmara. Ele argumenta que os Estados Unidos estariam agindo contra os princípios da livre concorrência e das normativas econômicas e comerciais internacionais.

Em um pronunciamento contundente, Wang classificou como “lógica de bandido” a ação de desejar apropriar-se dos bens alheios. Diante de uma medida aprovada pela Câmara de Representantes dos Estados Unidos, o CEO do TikTok, Shou Zi Chew, convocou os usuários americanos do aplicativo a se manifestarem contra tal decisão.

Por fim, em uma mensagem de vídeo divulgada na rede social X, Chew enfatizou a importância de unir forças para enfrentar a situação.

“Acreditamos que podemos superar isso juntos… Protejam seus direitos constitucionais. Façam suas vozes serem ouvidas”, disse Shou Zi-Chew.

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