PIB brasileiro deve crescer 1,5% em 2024, afirma o Boletim Focus
O Boletim Focus mostra que o crescimento do PIB brasileiro será de apenas 1,5% este ano. Divulgado toda segunda-feira, o Boletim Focus – Relatório de Mercado, conta com um resumo das estatísticas calculadas considerando as expectativas de mercado coletadas nos 30 dias corridos até a data de referência do relatório.
O relatório Focus apresenta sempre as médias das expectativas de mercado para os mais diversos setores e análises, dentre elas o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). O resultado do ano passado só deve ser divulgado pelo IBGE em março.
O Banco Central também apresentou um relatório sobre isso, com o crescimento do PIB do Brasil estimado em 1,8% este ano. Existem algumas projeções um pouco mais otimistas. O Ministério da Fazenda projeta um crescimento de até 2,2%.
Mas há quem acredite que os números serão ainda menores que o contido no Boletim Focus. A FecomercioSP prevê um crescimento de apenas 1%.
Boletim Focus e relatório do Banco Central retratam as projeções do PIB para 2024
Com os dados analisados, é possível calcular em tempo real as estatísticas. Isso gera, além do Focus – Relatório de Mercado, relatórios diários para a Diretoria Colegiada do BC. Nesse sentido, o relatório do Banco Central, que trata sobre as projeções para o crescimento do PIB, prevê que os setores da agropecuária, indústria e serviços devem crescer cerca de 1,5%, 2,0% e 1,8%.
A comparação é em relação ao ano de 2023, que observou um recorde da safra de grãos. Isso contribui, por exemplo, para a menor expectativa de alta para a agropecuária em 2024.
Outros setores da economia
No setor secundário, é projetado para a indústria de transformação e para a construção um aumento no ritmo de crescimento trimestral. No que se refere ao setor de construção, o relatório apresenta que as construções residenciais de padrão econômico devem ser beneficiadas com o aumento dos subsídios para a habitação popular.
Mas, não se espera para 2024 o mesmo crescimento da indústria extrativa de 2023. O setor de exportações e importações de bens e serviços também têm a expectativa de crescer em torno de 1,5% e 1,6%, por exemplo.
Isso pode refletir-se na expectativa de menores crescimentos de setores como o da agropecuária e da indústria extrativa. Diversos são os fatores que contribuem para que a atividade econômica de 2024 cresça em ritmo menor do que o ano passado. Incluem nisso os impactos diretos e indiretos da alta agropecuária. Isso porque para 2024 esta não se projeta tão expressiva.
Outro fator é a expansão dos benefícios previdenciários. A alta do salário mínimo e as mudanças de calendário de pagamentos que anteciparam os pagamentos para o primeiro semestre de 2023 não devem se repetir na mesma proporção em 2024.
Por fim, o cenário externo parece estar um pouco mais incerto. Há perspectiva de desaceleração da atividade econômica em ambientes de pressões inflacionárias persistentes.
Brasil receberá as reuniões dos grupos de trabalho do G20
O Grupo dos Vinte (G20), ou G20, é o principal fórum de cooperação econômica internacional. O G20 contempla 19 países: África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia, e dois órgãos regionais: a União Africana e a União Europeia.
O Brasil anunciou as 13 cidades-sede que irão receber as reuniões dos grupos de trabalho do G20. São elas: Brasília/DF, Belém/PA, Belo Horizonte/MG, Fortaleza/CE, Foz de Iguaçu/PR, Maceió/AL, Manaus/AM, Porto Alegre/RS, Rio de Janeiro/RJ, São Paulo/SP, Salvador/BA, São Luís/MA e Teresina/PI.
A descentralização das atividades é uma inovação desta edição, transformando o G20 em um fórum mais acessível e representativo.
Nos dias 21 e 22 de fevereiro de 2024 ocorre a primeira reunião ministerial da Trilha de Sherpas, no Rio de Janeiro. Ainda no mês de fevereiro, nos dias 28 e 29, a cidade de São Paulo sediará a reunião ministerial da Trilha de Finanças. Por fim, além de um grande evento, o G20 no Brasil em 2024 pode ser também uma grande oportunidade para redefinir as relações internacionais em um contexto mais inclusivo e participativo.
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