Bitcoin tem leve alta após movimentação de US$ 2 bi do governo dos EUA

Pedro Augusto
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Na manhã desta quinta-feira (04/04), o Bitcoin registrou um impulso significativo após o governo dos Estados Unidos transferir US$ 2 bilhões em BTC para uma carteira pertencente à exchange Coinbase.

A operação, realizada na terça-feira (02/04), inicialmente gerou preocupações entre os investidores quanto a uma potencial queda no valor da moeda digital, caso os ativos fossem vendidos.

Contudo, por volta das 11h30, a criptomoeda líder em valor de mercado apresentava uma valorização de 1,16%, negociada a US$ 67,4 mil.

A demanda atual de Bitcoin poderia minimizar os efeitos de uma possível venda

Beto Fernandes, analista da Foxbit, interpretou a valorização do BTC como um sinal de que o mercado já assimilou a transferência de US$ 2 bilhões em Bitcoin feita pelo governo dos Estados Unidos. Dessa forma, a demanda vigente poderia atenuar os impactos de uma venda futura.

Fernandes destaca que, com o interesse dos investidores renovado pelos ETFs à vista, uma possível correção no valor tende a ser menos severa.

De acordo com o Coindex, uma transação registrada no dia 2 de abril mostra que uma carteira do governo dos Estados Unidos transferiu 30.175 Bitcoins para a Coinbase.

A transação totalizava um valor superior a US$ 2 bilhões, considerando a cotação atual. Até agora, a venda mais recente confirmada pelo governo foi em março de 2023, com a liberação de 9.861 Bitcoins ao mercado.

O Ether, que ocupa o segundo lugar em valor de mercado entre as criptomoedas, também registrou ganhos seguindo a tendência do BTC. Nesta quinta-feira (05/04), o ativo digital valorizava 0,5%, negociado a US$ 3,3 mil.

Os BTC vieram de fundos confiscados pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos

Os ativos digitais em questão estão relacionados aos fundos apreendidos pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos provenientes do Silk Road. Este é um antigo mercado negro na dark web que utilizava criptomoedas para transações de produtos ilegais.

Em 2020, as autoridades dos EUA apreenderam 69.370 Bitcoins do referido marketplace, marcando o evento como o maior confisco de criptomoeda na história do departamento, conforme declarado pelo governo em um comunicado.

A movimentação dessas criptomoedas para exchanges indica uma intenção de venda por parte do governo americano. Essa estratégia foi previamente empregada no final de 2022, quando o governo vendeu 9.861 moedas digitais, que valiam na ocasião cerca de US$ 216 milhões.

Atualmente, os Estados Unidos ocupam a posição de sexto maior detentor de Bitcoin no mundo, possuindo 207.189 unidades, avaliadas em cerca de US$ 13,8 bilhões.

O país está atrás apenas da Microstrategy (MSTR), uma empresa de capital aberto, da exchange Binance, de duas gestoras de ETFs e de Satoshi Nakamoto, o enigmático criador do Bitcoin e seu maior detentor.

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