Bitcoin já valorizou mais de 100% no ano — O que está por trás disso?

| 2 min read

Alta do Bitcoin

O Bitcoin (BTC) segue em alta e já havia se valorizado mais de 100% este ano, até o início de novembro. Junto à subida da moeda, outras criptomoedas têm sido visadas por compradores.

O Bitcoin valia US$ 16.547,91 no dia 1º de janeiro. Em 9 de novembro, o preço da moeda alcançou US$ 35.663,63. Portanto, uma valorização de cerca de 116%.

A marca dos 100% foi ultrapassada ainda no fim de outubro, em meio a uma semana de forte valorização do ativo. Agora, fica a dúvida em relação a como o BTC se comportará até o fim do ano — e depois disso.

O que explica a subida do Bitcoin?


Explicar a precificação de um ativo é sempre uma tarefa de risco. No entanto, há alguns fatores que claramente influenciam a valorização recente do BTC.

Uma das razões mais alegadas para o crescimento do ativo é a provável aprovação dos fundos ETFs de Bitcoin nos Estados Unidos. Esse fenômeno ocorre em meio a uma tendência de regulamentação do trading de BTC (e de outras moedas) em diversos países.

O próprio Brasil é um exemplo disso. Afinal, o Banco Central tem trabalhado para estabelecer em breve um marco regulatório para o setor. Aliás, o orgão trabalha para lançar sua própria moeda digital: o DREX.

Com isso, aumenta a expectativa de que haverá uma demanda institucional pelo BTC. Afinal, trata-se do criptoativo mais conhecido e de maior captação do mercado, o que tende a gerar uma confiança maior dos investidores.

No entanto, há outra explicação para o otimismo crescente em relação ao Bitcoin, em particular. O próximo halving está previsto para abril de 2024. Historicamente, esse evento gera uma valorização da moeda, devido a uma perspectiva de maior escassez futura.

Qual a previsão para os próximos meses?


As previsões relativas ao Bitcoin apontam, na maioria dos casos, para um aumento ainda maior do seu preço nos próximos meses. Prognósticos mais otimistas chegam a indicar Bitcoin a US$ 1 milhão até 2026.

Não há garantias de que isso irá ocorrer. E, mesmo que ocorra um crescimento considerável até 2024, pode haver uma queda brusca logo em seguida.

Ainda assim, o sentimento é de otimismo. A plataforma de criptoativos Mynt, que pertence ao BTG Pactual, recomendou recentemente o Bitcoin para seus clientes. Essa recomendação veio após o crescimento mais notável do BTC no fim de outubro.

Ao finalizar o mês de outubro, observamos uma notável valorização no mercado de criptoativos, destacando-se como uma das performances mais expressivas do ano. O Bitcoin, em particular, registrou uma marca significativa.

No longo prazo, o BTC pode acabar sentindo um impacto indesejado da política econômica de muitos governos nos últimos anos. Devido à crise do Covid, os países tiveram um aumento grande de despesas. Depois, com a guerra na Ucrânia, passaram a aumentar os juros para tentar controlar a inflação.

Inicialmente, o BTC e outras moedas foram afetados negativamente por isso. Afinal, muitos investidores migraram para títulos do tesouro norte-americano, por exemplo. Essa foi uma solução para quem buscava proteção com retorno atraente.

No entanto, com a desaceleração — e depois a interrupção — dos aumentos dos juros nos EUA, as criptomoedas voltaram a atrair interesse. A dúvida é até quando esse ciclo positivo irá se manter.

Leia mais: