Bitcoin já valorizou mais de 100% no ano — O que está por trás disso?
O Bitcoin (BTC) segue em alta e já havia se valorizado mais de 100% este ano, até o início de novembro. Junto à subida da moeda, outras criptomoedas têm sido visadas por compradores.
O Bitcoin valia US$ 16.547,91 no dia 1º de janeiro. Em 9 de novembro, o preço da moeda alcançou US$ 35.663,63. Portanto, uma valorização de cerca de 116%.
A marca dos 100% foi ultrapassada ainda no fim de outubro, em meio a uma semana de forte valorização do ativo. Agora, fica a dúvida em relação a como o BTC se comportará até o fim do ano — e depois disso.
O que explica a subida do Bitcoin?
Explicar a precificação de um ativo é sempre uma tarefa de risco. No entanto, há alguns fatores que claramente influenciam a valorização recente do BTC.
Uma das razões mais alegadas para o crescimento do ativo é a provável aprovação dos fundos ETFs de Bitcoin nos Estados Unidos. Esse fenômeno ocorre em meio a uma tendência de regulamentação do trading de BTC (e de outras moedas) em diversos países.
O próprio Brasil é um exemplo disso. Afinal, o Banco Central tem trabalhado para estabelecer em breve um marco regulatório para o setor. Aliás, o orgão trabalha para lançar sua própria moeda digital: o DREX.
O Drex, formato digital da nossa moeda, chegará para promover a eficiência dos mercados financeiros e a inclusão financeira.
O que é o Drex? Como ele funcionará? Confira no vídeo 5 fatos sobre o Drex.#drex #realdigital #bancocentral #fatossobreodrex #moedadigital pic.twitter.com/EdWunK0U7Z— Banco Central BR (@BancoCentralBR) September 6, 2023
Com isso, aumenta a expectativa de que haverá uma demanda institucional pelo BTC. Afinal, trata-se do criptoativo mais conhecido e de maior captação do mercado, o que tende a gerar uma confiança maior dos investidores.
No entanto, há outra explicação para o otimismo crescente em relação ao Bitcoin, em particular. O próximo halving está previsto para abril de 2024. Historicamente, esse evento gera uma valorização da moeda, devido a uma perspectiva de maior escassez futura.
Qual a previsão para os próximos meses?
As previsões relativas ao Bitcoin apontam, na maioria dos casos, para um aumento ainda maior do seu preço nos próximos meses. Prognósticos mais otimistas chegam a indicar Bitcoin a US$ 1 milhão até 2026.
Não há garantias de que isso irá ocorrer. E, mesmo que ocorra um crescimento considerável até 2024, pode haver uma queda brusca logo em seguida.
Ainda assim, o sentimento é de otimismo. A plataforma de criptoativos Mynt, que pertence ao BTG Pactual, recomendou recentemente o Bitcoin para seus clientes. Essa recomendação veio após o crescimento mais notável do BTC no fim de outubro.
Ao finalizar o mês de outubro, observamos uma notável valorização no mercado de criptoativos, destacando-se como uma das performances mais expressivas do ano. O Bitcoin, em particular, registrou uma marca significativa.
No longo prazo, o BTC pode acabar sentindo um impacto indesejado da política econômica de muitos governos nos últimos anos. Devido à crise do Covid, os países tiveram um aumento grande de despesas. Depois, com a guerra na Ucrânia, passaram a aumentar os juros para tentar controlar a inflação.
Inicialmente, o BTC e outras moedas foram afetados negativamente por isso. Afinal, muitos investidores migraram para títulos do tesouro norte-americano, por exemplo. Essa foi uma solução para quem buscava proteção com retorno atraente.
No entanto, com a desaceleração — e depois a interrupção — dos aumentos dos juros nos EUA, as criptomoedas voltaram a atrair interesse. A dúvida é até quando esse ciclo positivo irá se manter.
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