Polícia brasileira prende “ladrões de cripto armados”

Polícia brasileira e a Interpol atacaram uma gangue que roubava criptomoedas usando violência e armas, prendendo sete pessoas. De acordo com comunicado oficial da Polícia Civil de Santa Catarina, os policiais cumpriram oito mandados de prisão e quatro autorizações de “busca e apreensão” na semana passada.
Os bandidos seguiam com uma série de ataques em cidades brasileiras e argentinas. Por isso, os policiais se uniram à Interpol, ao Ministério da Justiça do Brasil, ao Departamento de Polícia Federal e à Polícia Federal da Argentina para uma grande operação chamada Blockchain.
Dois suspeitos foram detidos na quarta-feira, 4 de outubro, em Buenos Aires. Enquanto outro suspeito foi detido no estado brasileiro de Sergipe no dia seguinte. Além disso, outros dois supostos ladrões já estavam sob custódia, acusados de crimes relacionados com assalto a banco.
Ademais, um dos supostos ladrões conseguiu fugir dos policiais e parece estar foragido.

Polícia brasileira “descobre rede de roubo de criptomoedas”
Os agentes suspeitam que os detidos, todos aparentemente de nacionalidade brasileira, cometem crimes relacionados com “roubo” e “extorsão”. Ademais, a polícia acredita que o grupo roubou mais de US$ 230 mil em criptoativos não identificados ao invadir armados as instalações operadas por uma empresa em Praia Brava, Itajaí.
O empresário teria sido mantido sob a mira de uma arma, junto com sua família e funcionários, por três horas. O grupo supostamente espancou as vítimas e as ameaçaram com violência se o empresário não enviasse suas criptomoedas para uma carteira operada pelos supostos ladrões.
O incidente teria ocorrido em janeiro deste ano. O grupo também teria roubado joias, dispositivos eletrônicos e dinheiro. Mas as autoridades afirmam ter rastreado as moedas até endereços na Argentina e no Peru.
Os supostos ladrões parecem ter tentado despistar os investigadores “distribuindo” os fundos “por várias carteiras cripto”. Todavia, porta-vozes da polícia disseram que congelaram carteiras de criptomoedas e apreenderam moedas.

Polícia brasileira mira criminosos cripto
Os sete indivíduos permanecem sob custódia e provavelmente serão formalmente indiciados pela promotoria antes do final do mês. Enquanto isso, no mês passado, o estado de Santa Catarina anunciou que estava proibindo funcionários públicos, incluindo policiais e militares, de minerar cripto usando redes públicas.
Em agosto, por outro lado, policiais em São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul congelaram carteiras cripto e apreenderam moedas. Isso fez parte de uma grande apreensão de uma suspeita quadrilha de contrabandistas de eletrônicos e sonegadores de impostos que utilizavam criptomoedas.
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